Durante uma Audiência Pública na Comissão de Segurança Pública (CSP), na terça-feira (19), o senador Eduardo Girão (Novo) criticou a Justiça brasileira e defendeu a anistia para foragidos do 8/1. Girão destacou a falha das instituições brasileiras em garantir direitos fundamentais.
A Comissão de Segurança Pública debateu a situação dos presos relacionados aos eventos de 8 de janeiro de 2023. Os condenados invadiram e depredaram a sede dos três Poderes.
A Audiência Pública aconteceu a partir de solicitação do próprio Girão, além de requerimentos apresentados pelos senadores Marcos do Val (Podemos) e Hamilton Mourão (Republicanos).
Além disso, o tema central abordado foi a morte de Cleriston Pereira da Cunha, que morreu vítima de mal súbito na Penitenciária da Papuda. Contudo, a Justiça o condenou por atos antidemocráticos.
“O Cleriston era réu primário e possuía bons antecedentes criminais, estava preso provisoriamente há 10 meses e não teve a situação processual resolvida em tempo. Sua morte nos impõe o dever moral de apurar responsabilidades e buscar mudanças estruturais” argumentou Girão.
Já o senador Flávio Bolsonaro (PL) afirmou que não se “sensibilizar com os acontecimentos atuais e com a sensação de impotência demonstra maldade no coração”. Além disso, ele quer anistia para os foragidos do 8/1.
“Dá vontade de sacudir e dizer para acordar, questionar em que mundo vive. Quero parabenizar cada um dos advogados que trabalha por esses presos políticos” desabafou o parlamentar.
A viúva de Clériston Cunha, as filhas e um irmão também acompanharam a audiência. Além disso, Ana Luísa, a filha mais velha, disse que o pai foi preso injustamente. Para ela, o pai era uma pessoa exemplar, de princípios cristãos e que respeitava todas as pessoas.