Luiz Marinho, titular do Ministério do Trabalho em Emprego (MTE) indicou, nessa quarta-feira (30), a possibilidade de pedir demissão se o Governo fizer cortes em sua pasta. A fala de Marinho destaca o fato da possibilidade de o Governo Federal fazer mudanças em programas e benefícios sob a alçada do MTE.
O ministro quer o diálogo antes de qualquer tomada de decisão que possa vir afetar a pasta. “Uma decisão sem minha participação num tema meu, é uma agressão”, completou o titular da pasta do Trabalho.
Marinho ainda disse que o cargo dele pertence ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Todo cargo de ministro é do presidente. Se ele achar que o ministro não está servindo, ele pede para sair”, destacou. A declaração soou como ameaça se o Governo fizer cortes em sua pasta.
A fala do ministro ocorreu durante a coletiva de imprensa sobre os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de setembro, que mostra que o Brasil criou 247.818 vagas de emprego formal.
Ao ser questionado sobre algumas opções estudadas pela equipe econômica para cortar os gastos das contas públicas, Marinho reforçou que o assunto não foi debatido dentro do MTE nem mesmo entre outros ministros.
“Se ninguém conversou comigo, não existe. Se eu sou responsável pelo Trabalho e Emprego. A não ser que o governo me demita”, afirmou o titular do Trabalho. “Não me consta que nenhum ministro de Estado tenha discutido esse assunto”, completou.