Região Santa Catarina

Relógio de Dom João VI será restaurado por especialistas da Suíça

Peça considerada histórica foi avariada durante o ataque terrorista em Brasília em 8 de janeiro

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Relógio de Dom João VI será restaurado por especialistas da Suíça
Antonio foi preso no dia 23 de janeiro. Foto: divulgação

O relógio trazido para o Brasil pelo Rei de Portugal Dom João VI no início do século 19 e que foi danificado por um criminoso durante os atos terroristas ocorridos em Brasília, no dia 8 de janeiro, será avaliado por peritos europeus. A Embaixada da Suíça no Brasil ofereceu o trabalho de especialistas e artesãos para auxiliar o governo federal na restauração e recuperação da peça, que estava exposta nos corredores do Palácio do Planalto e é considerada uma relíquia de valor inestimável.

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O relógio havia sido um presente da Coroa francesa. O criminoso que danificou a peça foi flagrado por câmeras de segurança e acabou sendo identificado e preso, cerca de duas semanas depois, em Uberlândia, interior de Minas Gerais. Antônio Claudio Ferreira, de 30 anos, é natural de Cataláo (GO) já tinha diversas passagens pela Polícia por crimes de tráfico, roubo e violência doméstica.

Os detalhes da cooperação ainda estão sendo definidos. Uma comitiva de especialistas suíços sob supervisão de curadores e especialistas brasileiros vão visitar Brasília. Na sequência, será definido um cronograma para as diferentes etapas de restauração do relógio.

“A Suíça e o Brasil têm relações históricas de amizade e cooperação baseadas sobre valores comuns. A colaboração que decorre da nobre missão de proteger o património histórico e artístico é um elemento emblemático que reforçará ainda mais a amizade entre os nossos dois países”, indicou a nota da Embaixada da Suíça no Brasil.

Obra cujo valor histórico é inestimável, o relógio foi feito pelo francês Balthazar Martinot. A peça veio ao Brasil em 1808, trazido pela Família real Portuguesa, que embarcou às pressas para o Brasil para fugir dos avanços de Napoleão Bonaparte. Atualmente, existem só dois relógios de Martinot, o que estava no Planalto e outro exposto no Palácio de Versalhes, na França.

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