
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), por suposto desvio de emendas parlamentares. Após a denúncia feita pela PGR, Jucelino decidiu pedir demissão do cargo.
De acordo com informações preliminares sobre o desligamento do ministro, a demissão começou a ser negociada durante um almoço entre lideranças do União Brasil e a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), nessa terça-feira (8), em Brasília.
O almoço aconteceu na casa do presidente nacional do partido, Antonio Rueda. O almoço já estava marcado antes mesmo de a denúncia da PGR contra Juscelino vir à tona por meio da imprensa.
Além de Gleisi e Rueda, participaram do almoço os líderes do União Brasil na Câmara e no Senado, o próprio Juscelino Filho e o ministro do Turismo, Celso Sabino, que também é filiado à sigla.
No almoço, Gleisi sinalizou que o Palácio do Planalto gostaria que o próprio Juscelino pedisse para deixar o cargo após a denúncia da PGR, tirando de Lula o peso de ter que demitir o ministro.
A partir disso, caciques do União Brasil se reuniram reservadamente após o almoço, quando bateram definitivamente o martelo do pedido de demissão de Juscelino. A avaliação de caciques da sigla foi de que, se ele continuasse como ministro, ficaria ainda mais no alvo das investigações.
O substituto dele no cargo deverá ser outro deputado federal do União Brasil, cujo nome ainda não foi fechado. Um dos nomes mais cotados é o do atual líder da legenda na Câmara, deputado Pedro Lucas Fernandes (MA).
Em junho de 2024, Lula prometeu publicamente que afastaria o ministro das Comunicações, caso ele fosse denunciado pela PGR.