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Kerexu testa positivo para Covid e participa da transição por reuniões online

Líder indígena catarinense está em Palhoça, mas segue trabalhando por videoconferência

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Kerexu testa positivo para Covid e participa da transição por reuniões online
Foto: divulgação

Confirmada nos grupos da equipe de transição do Governo Federal em Brasília, a líder indígena catarinense Eunice Kerexu testou positivo para a Covid, e precisou se afastar dos trabalhos presenciais até que recupere totalmente. De volta a Palhoça, ela segue participando das reuniões por teleconferência das discussões que reunem 13 representantes dos chamados povos originários, que elaboram ações de Governo para a gestão do presidente eleito Lula. A primeira reiunião foi no sábado (19).

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“É com muita felicidade que assumo essa tarefa  como liderança indígena representante junto aos povos da Mata Atlântica, na região Sul e Sudeste e de todo Brasil. Estou muito feliz por fazer essa construção junto aos povos indígenas. E trago bastante bagagem de propostas desde a minha base que é o meu território, a Terra Indígena Morro dos Cavalos, mas também o Território Guarani Yvyrupa, no contexto do meu povo, em uma realidade que é específica das regiões Sul e Sudeste”, salientou Kerexu, em Palhoça.

Kerexu tem 43 anos e foi a primeira mulher a ser eleita cacique numa aldeia Guarani no Brasil, quando comandou a Morro dos Cavalos, em Palhoça, na Grande Florianópolis. Hoje ela é Coordenadora Executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB). “Nós sempre dissemos que temos essa competência de fazer essa transformação, essa mudança, dentro desse cenário do Brasil, não só pelo nosso modo de vida porque preservamos a natureza, mas também com nosso conhecimento técnico dentro da política e na esfera jurídica para estar nesse espaço de igual para igual”, concluiu ela.