Região Grande Florianópolis

Justiça absolve ex-vereador Maikon Costa por acusação de boca-de-urna

Na eleição de 2022, então candidato Maikon Costa chegou a ser detido pela PM

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Justiça absolve ex-vereador Maikon Costa por acusação de boca-de-urna
Foto: divulgação

A Justiça Eleitoral absolveu o ex-vereador de Florianópolis Maikon Costa, que respondia por supostas irregularidades ocorridas durante as eleições estaduais de 2022. Em despacho assinado na quinta-feira (6) pelo juiz Marcelo Pizolati, da 13ª zona eleitoral, Maikon foi inocentado das acusações de fazer boca de urna durante o dia da eleição, prática proibida por Lei.

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No dia da votação em outubro de 2022, Maikon chegou a ser detido em frente a uma escola no bairro Carianos, no Sul da Ilha. Uma semana depois, ele foi novamente preso pela Polícia Militar, por desobediência e resistência à prisão, no estacionamento de um comité de campanha. De acordo com a PM, um segurança privado acionou os policiais pelo telefone 190 por volta das 23h. Segundo ele, Maikon e outro homem permaneciam em uma caminhonete dentro do pátio do comitê, mesmo após serem convidados a sair do local, porque o espaço já estaria fechado.

Maikon alegou já na época que a prisão teria sido provocada por denúncias e armações de pessoas ligadas ao ex-vereador e ex-secretário municipal Ed Pereira. Segundo Maikon, eram os apoiadores de Pereira – que hoje se encontra preso por conta das investigações da Operação Presságio, que apura crimes de corrupção na Prefeitura da Capital – que faziam boca-de-urna em frente a locais de votação,

No decorrer do processo que tramitou na Justiça Eleitoral, a defesa de Maikon Costa foi feita pelo professor e advogado Renato Silva. Segundo ele, as imagens anexadas no processo não comprovaram práticas ilícitas e nenhum material foi apreendido na oportunidade com o acusado. Maikon ainda registrou em suas redes sociais que foi ele que pediu que as imagens do sistema da PMSC fossem anexadas ao processo, já que não tinham sido disponibilizadas anteriormente pela corporação.

Em março deste ano, Maikon teve seu mandato na Câmara Municipal da Capital cassado por 17 votos contra quatro, após ser denunciado no Conselho de Ética. A principal acusação foi a de que Costa exigiu um repasse de parte do valor do salário de seu suplente, Sargento Mattos (PL), quando esse assumiu a cadeira por um mês em 2023. Maikon sempre negou a acusação, alegando que sofreu perseguição por parte da bancada de apoio ao Prefeito por conta de suas seguidas denúncias de corrupção no governo municipal.

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