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No mês da mulher, senadora alerta para o crescimento de feminicídios no Brasil

Em seu discurso a senadora ressaltou a evolução da legislação

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No mês da mulher, senadora alerta para o crescimento de feminicídios no Brasil
Foto: Divulgação

Na tribuna do Senado, a senadora Leila Barros (PDT) pontuou os dez anos da Lei do Feminicídio e reforçou a gravidade da violência de gênero no Brasil. Em discurso emocionado, a parlamentar destacou que, desde a promulgação da norma, cerca de 12 mil mulheres foram assassinadas no país por razões de gênero.

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“Estamos literalmente numa guerra. Em média, estamos falando de mais de três mulheres mortas todos os dias, ao longo de dez anos, exclusivamente por serem mulheres” afirmou Leila Barros.

A senadora ressaltou a evolução da legislação, mencionando a recente lei que tornou o feminicídio um crime autônomo, com penas mais severas de 20 a 40 anos de reclusão.

Leila Barros destacou a primeira condenação com base na nova legislação, ocorrida no Distrito Federal. O Tribunal do Júri de Samambaia sentenciou Daniel Silva Vítor a 43 anos de prisão pelo feminicídio de Maria Mayanara Lopes Ribeiro, ocorrido em novembro de 2023.

“Essa foi a primeira condenação no país com base na lei mais rígida, representando um marco na luta contra a impunidade em casos de feminicídio. O assassino foi sentenciado a uma pena expressiva de reclusão, sem direito a recorrer em liberdade, sem direito à visita íntima, e só podendo tentar progressão de pena a partir de 2048” relatou a senadora.

A parlamentar também fez um apelo aos senadores para que se unam no combate à violência contra a mulher e enfatizou que, além da legislação, é essencial uma mudança cultural na sociedade para garantir a segurança e a dignidade das mulheres brasileiras.

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