Indicado por Jair Bolsonaro (PL) para integrar a corte do Supremo Tribunal Federal (STF) em 2020, Kássio Nunes Marques votou contra a ação movida pelo ex-presidente para impedir o ministro Alexandre de Moraes de continuar à frente da relatoria do inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado em 2022.
Nunes Marques seguiu o voto da relatoria do ministro Luís Roberto Barroso, optando pela manutenção do ministro Alexandre de Moraes como relator do inquérito onde Jair Bolsonaro é um dos indiciados.
O julgamento da ação do ex-presidente começou em 6 de dezembro e deve encerrar nessa sexta-feira (13), no plenário virtual da Corte.
Além disso, nove dos onze ministros votaram contra a ação movida pela defesa de Bolsonaro da para afastar Moraes da relatoria o relator, Luís Roberto Barroso, os ministros Edson Fachin, Flávio Dino, Gilmar Mendes, Cristiano Zanin, Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Nunes Marques.
Contudo, ainda falta o voto do ministro André Mendonça para encerrar o julgamento. Alexandre de Moraes, que é o relator do inquérito que está sendo julgado, está impedido de votar no caso.
A Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro por ser um dos articuladores da trama golpista. Os crimes relacionados no caso são abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
Para Bolsonaro, Alexandre de Moraes está impedido de ser relator do caso, pois o ministro seria juiz e vítima, ele aparece como alvo em um plano de assassinato.