Região Mundo

Candidato à presidência do Equador é assassinado a tiros em Quito

Fernando Villavicencio tinha 59 anos e era jornalista de profissão

Autor
Candidato à presidência do Equador é assassinado a tiros em Quito
Foto: divulgação

O jornalista Fernando Villavicencio, de 59 anos, candidato à presidência do Equador, foi morto com três tiros no começo da noite de quarta-feira (10), na Capital Quito. O ataque ocorreu na saída do Colégio Anderson, quando Fernando saia de um comício, e foi registrado em vídeos, feitos por várias pessoas que acompanhavam o candidato.

PUBLICIDADE

Villavicencio entrou num carro, quando um homem se aproximou e fez os disparos, conseguindo fugir em seguida. Ninguém foi preso. O jornalista estava em segundo lugar nas pesquisas, entre oito candidatos à presidência. Única mulher na lista, a advogada Luisa González liderava as intenções de voto, com 26,6%. Villavicencio aparecia em seguida com 13,2%.

Villavicencio  se declarava defensor das causas sociais indígenas e dos trabalhadores. Era o mais velho de seis irmãos e na adolescência chegou a trabalhar como garçom. Também era apaixonado por literatura e poesia. Foi deputado na Assembleia Nacional, e presidiu a Comissão de Supervisão da Assembleia entre 2021 e 2023.

Como jornalista, denunciou casos de corrupção no país, como a venda de petróleo do Equador para a China e a Tailândia. Em seu plano de governo, enquanto candidato à presidência, ele propunha a criação de um Plano Nacional Antiterrorista, para identificar quais as estruturas mais perigosas que operam no país: narcotráfico, mineração ilegal, corrupção e propina.

Esse foi o segundo assassinato ocorrido nesta campanha eleitoral no Equador. Em 17 de julho, o candidato à Assembleia Nacional Rider Sánchez foi assassinado na província costeira de Esmeraldas. Na semana passada, Villavicencio havia afirmado que ele e a equipe foram ameaçados pelo líder de uma gangue ligada ao tráfico de drogas.

Relacionadas