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PF prepara nova ofensiva contra réus brasileiros foragidos na Argentina

Uma via diplomática seria conduzida por meio do Ministério da Justiça e do Itamaraty.

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PF prepara nova ofensiva contra réus brasileiros foragidos na Argentina
Foto: Divulgação

Para os casos de brasileiros foragidos na Argentina denunciados, ou condenados, pelos crimes cometidos nos atos antidemocráticos do 8 de Janeiro, a Polícia Federal (PF) avaliar novas estratégias. Os agentes federais estabeleceram um mapeamento para viabilizar o cumprimento das ordens de prisão.

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A PF analisa dois caminhos: acionar a Interpol diretamente ou estabelecer novo contato com autoridades argentinas. Embora analise cada caso individualmente, a PF resiste em recorrer à Interpol para um “pente-fino”, pois há um acordo de cooperação jurídica entre Brasil e Argentina que permite a captura de foragidos.

Contudo, a possibilidade de acionar a organização internacional, não está descartada e a corporação brasileira elabora uma lista de nomes.

Entretanto, para a Justiça brasileira, o contato direto com as autoridades argentinas é o caminho mais prudente. A via diplomática seria conduzida por meio do Ministério da Justiça e do Itamaraty.

Muitos dos foragidos solicitaram refúgio ao governo de Javier Milei. Um deles é o sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Léo Índio. Com isso, a PF teme criar um mal-estar com o governo argentino e quer evitar a exposição desnecessária do caso.

Léo Índio possui um documento que lhe garante estadia provisória na Argentina até 4 de junho. A autorização provisória de permanência garante a ele o direito de exercer atividades remuneradas, trabalhar, estudar e acessar os serviços públicos do país.

Léo Índio é réu por participação nos atos que culminaram na depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília. O processo penal foi aberto por meio de julgamento, do STF, em plenário virtual.