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Bolsonaro não tem previsão de alta após cirurgia que durou 12 horas

Ex-presidente está estável, mas médicos não dão esperanças para uma recuperação rápida

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Bolsonaro não tem previsão de alta após cirurgia que durou 12 horas
Foto: Divulgação

Em boletim divulgado nesse domingo (13) à noite, a equipe médica que atende o ex-presidente Jair Bolsonaro no Hospital DF Star informou que após cirurgia, ele se encontra na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), estável clinicamente, sem dor, recebendo medidas de suporte clínico, nutricional e de prevenção de infecções.

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De acordo com a nota, Bolsonaro foi submetido a cirurgia de extensa lise de aderências e reconstrução da parede abdominal. O procedimento, de grande porte, teve duração de 12 horas, ocorreu sem intercorrências e sem necessidade de transfusão de sangue. Ele passou pela operação após sentir fortes dores enquanto cumpria agenda no Rio Grande do Norte.

Em coletiva na manhã desta segunda-feira (14), os médicos informaram que a recuperação do ex-presidente não deve ser rápida. “Nós nos demos por satisfeitos e agora temos essa primeira fase do pós-operatório, as primeiras 48 horas são críticas. Depois das 48 horas, a gente entra em outra fase. Não tenham expectativas de uma recuperação rápida”, informou o médico chefe da equipe, Cláudio Birolini.

Ainda conforme Birolini, a equipe não espera por uma nova operação. “Fizemos a cirurgia com a ideia de que fosse definitiva. Naturalmente novas aderências vão se formar. Isso é inevitável. O resultado final ficou bastante satisfatório no momento”.

Além disso, o médico cardiologista Leandro Echenique, que acompanha a saúde de Bolsonaro desde 2018, também compõe a equipe. Segundo ele, entre todos os procedimentos aos quais o ex-presidente foi submetido desde a facada, este é um dos mais complexos.

“Esse procedimento felizmente terminou muito bem. O resultado final foi excelente”, diz Echenique. Por fim, o médico reforçou, ainda, que Bolsonaro não tem previsão de alta.

Além de Birolini e Echenique, também assinam os boletins de Bolsonaro o cardiologista Ricardo Camarinha; Guilherme Meyer, diretor médico do hospital, e Allisson Barcelos Borges, diretor-geral da instituição.