
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL) está empenhado em ampliar as sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após a aplicação da Lei Magnitsky pelos Estados Unidos contra o magistrado.
Agora, Eduardo trabalha para que Moraes também sofra punições na União Europeia, como a proibição de entrada nos países do bloco e o congelamento de eventuais bens em território europeu.
Segundo aliados, o parlamentar já definiu como “prioridade número um” para o segundo semestre a articulação dessas sanções no continente europeu. A expectativa é que ele viaje à Europa nos próximos meses com esse objetivo.
Na quarta-feira (30), um grupo formado por 16 parlamentares europeus enviou uma carta à Alta Representante da União Europeia, Kaja Kallas, pedindo sanções contra Moraes, acusando-o de praticar “censura” e de conduzir uma “perseguição política”.
O grupo afirma que o ministro tem adotado um comportamento de “autoritarismo judicial” e chegou a compará-lo a práticas de regimes como os da China e da Rússia. Segundo os signatários, Moraes teria usado sua posição para retirar Jair Bolsonaro das redes sociais e impedir a divulgação de conteúdo, como entrevistas e vídeos, relacionados ao ex-presidente.
Entre os nomes que assinam o documento está o eurodeputado polonês Dominik Tarczyński, membro do grupo Patriots, que declarou que Alexandre de Moraes representa “uma ameaça grave à democracia brasileira e internacional”.
A decisão dos EUA de aplicar sanções ao ministro gerou reações imediatas no Brasil. Ministros do STF expressaram solidariedade a Moraes, enquanto o presidente Lula fez questão de telefonar ao magistrado para manifestar seu apoio. Em nota oficial, o Supremo afirmou que seguirá atuando com independência, sem se curvar à pressão externa.