Rebeldes sírios liderados por radicais islâmicos deram fim a um regime que durou 24 anos na Síria. Bashar Al-Assad é o herdeiro de um clã que dominava o país há cinco décadas. A tomada de poder dos rebeldes na Síria insere um novo capítulo na história do país.
Após a morte de seu pai, Hafez al-Assad, no ano 2000 Bashar al-Assad assumiu a presidência do país por meio de um referendo. Além disso, manteve a continuidade do mandato vencendo as eleições em 2007.
Após um governo com anos de repressões impostas por seu pai Hafez al-Assad, no início de seu governo, Assad relaxou restrições e foi encarado pelos sírios como reformista, porém pouco tempo depois seu governo passou a prender acadêmicos e intelectuais.
Em 2011, quando o Oriente Médio viu eclodir a Primavera Árabe com manifestantes pedindo por mudanças no país, Bashar respondeu com forte repressão, o que culminou no início de uma guerra civil.
Durante a guerra que teve 13 anos de conflito, centenas de milhares de pessoas morreram e milhões deixaram suas casas, gerando o que a Organização das Nações Unidas (ONU) chamou de maior crise de deslocamento mundial.
De acordo com denúncias, o Governo Assad abusava de prisioneiros em centros de detenção e prisões. Refugiados se abrigaram em diversos países para se proteger do conflito armado.
Nesse sábado (7), rebeldes sírios liderados por radicais islâmicos anunciaram, na televisão pública do país, a queda do presidente e a “libertação” da capital Damasco. O paradeiro de Assad é desconhecido até o momento.