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Argentinos vão às urnas neste domingo para eleger novo presidente

O próximo mandato presidencial começa em 10 de dezembro

Argentinos vão às urnas neste domingo para eleger novo presidente
Foto: Divulgação/Agência Brasil

Em meio à crise mais profunda desde 2001 – aquela que derrubou o então presidente Fernando de la Rúa numa época em que os argentinos mal podiam sacar livremente seu dinheiro do banco, por causa do chamado corralito –, chegou a hora de escolher um(a) novo(a) líder para assumir a missão de erguer uma economia combalida, recuperar uma moeda profundamente desvalorizada e propiciar condições para que a população tenha mais empregos e viva com mais dignidade.

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Os eleitores argentinos vão às urnas neste domingo (22) para decidir se querem ter um segundo mandato peronista consecutivo (com Sergio Massa, da coalizão União pela Pátria), se querem voltar a ter uma gestão conservadora de direita (com Patricia Bullrich, Juntos pela Mudança) ou se vão partir para uma diretriz ultraliberal e anti-establishment de extrema direita (com Javier Milei, A Liberdade Avança). Os demais candidatos são figurantes, ao que tudo indica.

Nas eleições primárias de agosto, os três candidatos tiveram praticamente a mesma votação, em torno de 30%, com ligeira vantagem de Milei sobre os concorrentes. Revelou-se ali um padrão de preferência novo no eleitorado, que alterou a configuração de forças no tabuleiro político do país. Se até então as disputas eleitorais se restringiam a kirchneristas e macristas, que concentravam mais de 90% dos votos, agora o que se vê é uma batalha de terços, com três grupos políticos competitivos.

Segundo as pesquisas divulgadas desde então, o resultado das primárias continua refletindo a intenção de voto do eleitorado, com Milei um pouco à frente, mas com variações que permitem antever que, em tese, os três têm chance e que haverá segundo turno.

Se algum candidato receber 45% dos votos válidos, ou 40% com pelo menos 10 pontos percentuais de vantagem sobre o segundo colocado, será eleito no primeiro turno. Caso contrário, haverá segundo turno em 19 de novembro. O próximo mandato presidencial começa em 10 de dezembro.

Sergio Massa tem a difícil missão de representar um governo que é tão mal avaliado que o atual presidente, Alberto Fernández, sequer vai disputar a reeleição. Massa é o atual ministro da Economia, já que na Argentina não é preciso se licenciar para disputar eleição. Assumiu o cargo há pouco mais de um ano, para tentar debelar a crise que já era significativa, mas não conseguiu. A crise piorou e virou combustível para os adversários.

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