Região Grande Florianópolis

Santa Catarina entra na mira da ONU por casos de racismo e intolerância

Mito Scandurra em Coqueiros, desmonte na Floram e obras pré-eleição

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Santa Catarina entra na mira da ONU por casos de racismo e intolerância
Ashwini esteve em Florianópolis. Foto: divulgação

Passou despercebido nas mídias a rápida passagem por Florianópolis da relatora especial sobre formas contemporâneas de racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância correlata, Ashwini K.P. Nascida na Índia, Ashwini veio ao Brasil avaliar o progresso e os desafios para alcançar a igualdade racial e eliminar a discriminação racial, inclusive o racismo estrutural.

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Ashwini K.P foi nomeada em 2022 para esse trabalho. Além de Florianópolis, onde foi recebida para uma reunião a portas fechadas nas dependências da UFSC, ela também esteve em Brasília, Salvador, São Luís, São Paulo e Rio de Janeiro, onde se reuniu com autoridades federais e estaduais, indivíduos de grupos raciais e étnicos, organizações da sociedade civil, prestadores de serviços, acadêmicos e outras partes interessadas.

Além disso, Ashwini pretende agora prestar relatórios sobre tudo o que viu e ouviu no Brasil sobre o racismo e a respeito de violações da lei internacional de direitos humanos. Em outras palavras, seu relatório será agora repassado ao Conselho de Direitos Humanos da ONU e à Assembleia Geral.

Dessa forma, quem quiser prestar informações ao escritório de Ashwini pode entrar em contato via e-mail com Dharisha Indraguptha ([email protected]) ou John Newland ([email protected]).

Scandurra entre nós neste sábado!

Neste sábado, tem Edgar Scandurra no Parque de Coqueiros. O evento ocorre das 11h às 17h, mas o guitarrista sobe no palco às 12h40. Conhecido pelo seu trabalho no Ira!, Edgar desta vez vai mostrar composições da carreira solo, que é ainda mais brilhante.

No final dos anos 80, Edgar deu um tempo com a banda Ira! pra lançar o álbum Amigos Invisíveis, onde gravou sozinho todos os instrumentos. Canhoto, Edgar não inverte as cordas da guitarra, como fazem outros canhotos como McCartney e Hendrix. Ele apenas vira o instrumento ao contrário, e toca com o bordão pra baixo! Considero Scandurra como o maior gênio não reconhecido da música brasileira.

O livro “A Ira de Nazi”, do excelente jornalista Mauro Beting, revela uma singela ligação de Scandurra com a cultura catarinense. A música “Saída”, do álbum Mudança de Comportamento, de 1985, foi dedidaca à memória do cineasta catarinense Rogério Sganzerla, de Joaçaba, que morreu em 2004.

E a faixa “Rubro Zorro” cita o bandido da Luz Vermelha, que era catarinense de Joinville. O trecho “Luz Vermelha foi perdido no cais”, bem me lembrou o colega Nelsinho Cordeiro, da Rádio Massa, se refere ao cais do Porto de Itajaí, ou São Francisco do Sul.

Desmonte na Floram

A quem pode interessar o desmonte total da Floram, órgão de fiscalização ambiental de Florianópolis? A princípio, o Ministério Público de Santa Catarina ingressou com ação contra essa tremenda barbárie, que está sendo cometida pela Prefeitura da Capital. Ambientalistas vem alertando sobre isso desde a reforma administrativa.

O MPSC aponta que, atualmente, o órgão conta com apenas 15% dos servidores efetivos necessários para desempenhar plenamente suas atividades. Além disso, contrariando normas federais, a Prefeitura tirou da Floram o poder de fiscalização ambiental e passou para a Secretaria Municipal de Segurança e Ordem Pública.

Ora essa, a Guarda Municipal, que só sabe cuidar dos acidentes nas pontes – e nem toma conhecimento quando tem acidente grave nas extremidades da Ilha – vai saber algo de fiscalização ambiental? Que a Justiça consiga reverter esse desmonte!

Obras antes da eleição

Obra na Nestor dos Passos: pessoal sem uniforme. Foto: divulgação

Apesar da Lei Eleitoral, seguem ocorrendo algumas obras de infraestrutura em ruas da Capital. Na General Nestor dos Passos, as calçadas estão sendo reconstruídas, após a instalação da rede de esgoto. Mais estranho que obra em véspera de eleição, é observar os operários sem uniforme, e sem identificação da empresa nos caminhões. Pode isso, Arnaldo?

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