Região Grande Florianópolis

Privatizar as praias deixou de ser um sonho impossível de poder e cobiça

A ideia seria cômica, se não fosse trágica

Autor
Privatizar as praias deixou de ser um sonho impossível de poder e cobiça
Charge de Zé Dassinva / divulgação

O assunto da privatização das praias é um tema que atinge em cheio o orgulho e a dignidade dos catarinenses. O que a princípio nos parece surreal, um sonho impossível de poder e cobiça, virou projeto de Lei prestes a ser aprovado.

PUBLICIDADE

A genial charge do Zé da Silva, seria cômica se não fosse trágica. Surfista pagando no débito pra poder pegar uma onda.

O debate sobre os donos das praias sempre existiu, mas sobre situações pontuais, exceções absurdas como a Praia Vermelha, entre as praias do Ouvidor, em Garopaba, e do Rosa, em Imbituba. Até o começo dos anos 90, havia vigias armados na praia cercada, impedindo a entrada de visitantes.

A praia tinha dono, e pertencia à família Gerdau. No entanto, isso prejudicava as comunidades locais de pescadores, que nessa mesma época de junho, tinha na Praia Vermelha os maiores lanços de tainha.

Crime & Castigo

Nesta semana, transitou em julgado a primeira condenação da história da Justiça catarinense por crime de injúria qualificada por preconceito, ou seja, crime de homofobia. O servidor público municipal de Florianópolis Francisco Fermínio perdeu em todas as instâncias e já não poderá mais recorrer da sentença. Em 2020, ele agrediu e ameaçou de morte na Capital o jornalista Leonel Camasão.

Francisco, no entanto, não será preso. A condenação é de um ano de reclusão e um mês de detenção, mas por seu réu primário, ele poderá substituir a pena por aproximadamente 400 horas de serviços à comunidade. “Que a conclusão desse caso mostre para toda a sociedade que a violência, o preconceito, a discriminação contra nós LGBTIA+ não passará mais impune”, comemorou Camasão.

Ranking da transparência

Florianópolis é a pior capital do Sul do Brasil em termos de transparência. Em todo o País, está em 13º lugar, com apenas 7 pontos em 100. O Ranking da Transparência é elaborado a cada ano desde 2018 pelo Conselho Nacional de Justiça.

Vende-se o Estado no delivery

Ratinho Junior vende as escolas, Flávio Bolsonaro vende as praias, Tarcísio de Freitas vende as águas e o saneamento e Zema vende minas. A turma do Estado mínimo tem se puxado na missão de entregar tudo.

Eles também inventam essa bobagem de “dia sem imposto”, tentando convencer o cidadão comum que o Estado não deveria arrecadar nada. Mas não explicam o caos que seria sem escola pública, sem SUS, sem Polícia, sem Ibama.

Sabemos que por trás dessa sede por privatização está a vida fácil da propina e da corrupção.

A guerra do arroz

Ser contra venda de arroz mais barato a uma população com milhões de pessoas passando fome é uma das maiores perversões morais que se tem notícia desde o fim da Ditadura, nos anos 80.

Sábado tem audição com MC Versa

A carreira musical da catarinense MC Versa decolou desde que ela partiu de Floripa para São Paulo, no começo desse ano. Suas músicas entraram na programação do Multishow, e a agenda de shows e participações nas principais rodas da cena rap paulista ficou abarrotada. Também vieram novas parcerias, clipes e batalhas de rua.

A cereja desse bolo será o primeiro álbum, chamado “Gostosa & Brilhando”, que estará disponível ainda neste mês de junho. De volta a Florianópolis, MC Versa estará neste sábado (8), reunindo amigos e convidados para uma audição especial, a partir das 20h, na Galeria Lama, no Calçadão da rua João Pinto.

Relacionadas