
A revista de finanças Forbes define como “revolução dos trabalhadores”. O banco Goldman Sachs diz que pode ser um fenômeno de longo prazo. E economistas e empresários começam a olhar com atenção ou preocupação para o movimento anti-trabalho, que parece ter ganhado força nos Estados Unidos durante a pandemia e pode estar por trás da falta de mão de obra no País.
Além disso, a alta nas greves e nos pedidos de demissão em massa pode resultar na criação de uma espécie de CLT americana, uma mudança-chave no capitalismo que serve de modelo para o mundo.
Isso porque centenas de milhares de pessoas têm se recusado a participar da força de trabalho na tentativa de forçar empresas a aumentar salários e melhorar as condições de trabalho.
A mobilização já ameaça a lucratividade do período mais rentável para o varejo no País, que começou na black Friday e vai até o Natal. Na internet, a plataforma Reddit, batizada de Antiwork Movement, tem reunido relatos de trabalhadores que se libertaram dos baixos salários, as broncas da chefia e o excesso de trabalho.
Levante contra chefes malvados
Relatos dão conta de casos de pessoas convocadas a trabalhar no dia do próprio casamento, ou na hora do velório da avó. Trabalhadores que receberam advertência por irem duas vezes ao banheiro em cinco horas de turno ou que foram demitidos por chegarem atrasados após uma sessão de hemodiálise.
Além disso, o Fórum Antitrabalhos se tornou um sinal de um problema que tem sido apontado como grave e profundo na economia americana: tem vagas de sobra, mas não tem trabalhadores que aceitem as condições delas, com salário baixo e sem garantias trabalhistas.
A revista Forbes diz que o fenômeno é uim levante contra chefes ruins e empresas surdas aos seus funcionários, que se recusam a pagar bem e tiram vantagens deles.
Demitida com câncer
Em Florianópolis, a multidão de pessoas em situação de rua é um reflexo de décadas de desrespeito. Em Canasvieiras, um hotel demitiu sua cheff de cozinha quando descobriu que ela estava com câncer. Na SC-401, uma risoteria – que graças a Deus já fechou suas portas – só permitia que os funcionários usassem o banheiro da garagem, alagado, entupido e sem condições de uso. Além disso, em Coqueiros, o dono de um restaurante tinha mania de entrar na cozinha e manusear os alimentos sem nenhuma higienização prévia. Foi advertido por uma cozinheira, que no dia seguinte foi demitida. Fiscalização da Jujstiça do Trabalho? Não existe, nunca existiu.
Cada vez mais as pessoas tem percebido ser mais plausível viver nas ruas, sem renda, sem teto, do que se submeter a humilhações como essas. É só fazer a relação custo-benefício de um emprego de salário mínimo. Acordar as 5h, pegar ônibus lotado e se sumbeter a humilhações todos os dias, não está mais valendo a pena.
Doação de bebê pela internet? Floripa tem
Uma internauta postou no Facebook, na página de compra e venda Rio Tavares/Campeche, um anúncio oferecendo doar seu filho, que ainda nem nasceu. O anúncio informa que a criança vai nascer em fevereiro. A postagem foi deletada no dia seguinte, mas a print é para sempre. Enviei a print por mensagem para duas das mais renomadas delegadas de Polícia Civil da Capital, mas até o momento sequer visualizaram.
Já não basta a subnotificação dos feminicídios, uma maquiagem mal feita nas estatísticas da Polícia, agora temos mais essa. Bebês sendo oferecidos em sites de comércio.

Quem foi São Tiago?
Um projeto na Câmara da Capital busca alterar o nome da Praça Getúlio Vargas para Alferes Joaquim Antonio de São Tiago, um professor que viveu em Florianópolis entre o final do século 19 e o começo do século 20. O projeto foi um pedido oficial do Comando da PMSC, atendido pelo vereador Diácono Ricardo(PSB).
Ocorre que, de acordo com o wikipedia, São Tiago foi professor, escritor, dramaturgo e espírita. Mas não há nenhuma menção à sua suposta carreira militar.
Repassei essa dúvida ao Comando da PM, que deve agora verificar a situação.
