Nova temporada da série Topázio começa em Florianópolis com polêmicas renovadas. As montanhas de lixo espalhadas pelas ruas, a tarifa de ônibus mais cara do Brasil e a privatização do Carnaval de rua.
O lixo parece ser uma saga sem fim. A bagunça começa com a falta de habilidade para conversar com os servidores e negociar com o sindicato no período das reivindicações. Ainda que não seja nenhum pedido infundado, a corte do Império de Topázio prefere trabalhar pela extinção da Comcap e encontra como solução contratar empresas terceirizadas.
Agora sabemos que são empresas de fundo de quintal, como nos filmes antigos dos Três Patetas, O Gordo e o Magro ou mesmo os Trapalhões. São pessoas que não entendem nada do negócio, mas obtém contratos excepcionais, irrecusáveis.
Como ja disse aqui, a terceirização do lixo virou a galinha dos ovos de ouro para políticos corruptos em dezenas de cidades de SC e também em outros estados. E Florianópolis não podia ficar de fora desta festa nefasta.
A votação de outubro referendou os projetos do prefeito Topázio, e carimbou o aval da população a suas ideias. O lixo acumulado nas ruas é mais uma delas. Foi o que Florianópolis escolheu pra si e agora todos temos o que merecemos.
Tarifa exorbitante
Quanto à tarifa absurdamente cara, isso não tem e nunca terá solução. Quem manda na cidade e no Estado são os reis do Agro, do Capital e do acúmulo de riquezas e esses nunca entraram num ônibus em toda a vida.
Bruno, o herdeiro
A 3a Turma do TRF4 (Tribunal Regional Federal da 4a Região) confirmou, por unanimidade, a decisão que bloqueou a indenização de R$ 7,82 milhões que o novo secretário municipal de Assistência Social, Bruno Souza, receberia pela desapropriação de um imóvel em Palhoça.
De acordo com o voto do relator, desembargador Rogério Favreto, existem “fortes indícios” de que a venda da propriedade a Bruno possa configurar fraude para impedir o acesso de eventuais credores aos bens do pai do ex-vereador. Também há risco de que a transferência seja doação de pai para filho, violando o direito à herança dos demais herdeiros.
“Se configurada uma dessas hipóteses, o negócio pode ser declarado nulo, mostrando-se prudente a decisão do Julgador, que manteve em depósito a indenização referente à desapropriação do bem até o trânsito em julgado do Processo que tramita perante à Justiça Estadual, envolvendo discussão da propriedade”, votou Favreto.
Em publicação no Instagram, Arthur Souza, irmão do ex-deputado, acusou Bruno de impedir que os irmãos tenham acesso à propriedade familiar. Além disso, Arthur diz que o novo secretário de Topázio Neto participou de transferências ilegais, deixando, assim, o pai sem patrimônio.
Ilicitude e ilegalidade
“Tal ilicitude (que tornou Bruno multimilionário), também impede que nossos irmãos por parte de pai – rejeitados e deixados na pobreza por terem sido concebidos fora do casamento – recebam qualquer herança, mantendo-os assim marginalizados e em situação de vulnerabilidade econômica”, escreveu Arthur. “Um deles só não está morando na rua porque passei a ajudá-lo”, concluiu.
A propriedade, um motel localizado na servidão Clemente de Freitas, precisou ser desapropriada para a construção de trecho do Contorno Viário de Florianópolis, inaugurado em 9 de agosto.
Espero que seja investigado e, caso indiciado, tenha direito a julgamento justo. Lideranças de oposição como o recém empossado vereador Leonel Camasão se manifestou como perplexo pelo prefeito ter escolhido um sujeito com esse histórico para assumir uma pasta tão importante do nosso município. “Bruno é incompetente para a função, não possui estudos ou experiências em serviço social”, lembrou o vereador, que também é jornalista.
O Exterminador
Por outro lado, a população engajada com “Deus, Cristo, Bíblia, liberdade e família” despeja suas esperanças em que Bruno Souza consiga exterminar com bastante violência a população de rua. Até porque, pra quem tem intelecto limitado, não há outra solução mesmo.
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