Região Grande Florianópolis

Herói ou bandido? Homenagens a Moacir Pereira na Casa do Jornalista

Domingo é o dia de irmos todos às urnas, e depois, rezar para que dê tudo certo

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Herói ou bandido? Homenagens a Moacir Pereira na Casa do Jornalista
Moacir se aposentou do jornalismo diário após seis décadas de profissão. foto: Anderson Coelho / divulgação

Apontado como o principal baluarte do jornalismo catarinense, Moacir Pereira foi homenageado nesta semana na Casa do Jornalista, sede da Associação catarinense de Imprensa, em Florianópolis. A entidade, presidida pela brilhante Déborah Almada, reuniu alguns representantes da velha guarda da profissão para ouvir Moacir contar algumas das suas histórias impagáveis no evento Papo de Jornalista. Moacir aproveitou para autografar seu novo livro Hipólito da Costa.

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Com 60 anos de profissão, Moacir Pereira anunciou sua aposentadoria do jornalismo diário, mas segue com uma lista interminável de novos projetos. Além disso, com 63 livros publicados, ele revelou algumas pautas e anotações que possui na gaveta para lançar ainda em vida pelo menos outras 30 obras.

Mas nem tudo são flores na trajetória controversa do mestre, que nas últimas duas décadas passou a ser demonizado por setores da esquerda intelectual. Moacir ajudou a criar o curso de jornalismo da UFSC, ele próprio um revolucionário existencialista nos anos 1960.

O peso das décadas foi levando Moacir ao caminho sem volta dos conservadores, e seu grito silencioso se tornou a voz da aristocracia, a mesma que transformou a Desterro de todos na Florianópolis dos feudos da nobreza.

Moacir autografou seu 63º livro durante o Papo de Jornalista. Foto: Róbinson Gambôa / Guararema
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Amante das artes, das cores e das palavras

Mas Moacir é bem mais que seus equívocos udenistas. É um amante das artes, sobretudo as sacras e a sétima-arte, o Cinema. As letras e as cores, do mundo impressionista que ele foi conferir in loco, nas centenas de viagens que fez pelos cinco continentes.

O que Jack Kerouac fez de carona do Leste ao Oeste da América, Moacir Pereira fez em cruzeiros marítimos sobretudo pelo velho mundo. Foi repórter como Heródoto, cobriu Frank Sinatra no Maracanã, e a visita do Papa em Florianópolis.

Agora aposentado (do jornalismo diário, esse fardo pesado dessa profissão ingrata) Moacir quer mais por mais. Planeja um livro sobre a Santa Catarina de Michelangelo, sobre o filho do Cacique Tupiniquim que foi parar na Normandia, e sobre o ex-governador Carlos Moisés. Obra em que ele já escolheu um título sarcástico: Moisés, o Breve.

A história vai nos revelar no futuro se Moacir foi herói ou bandido. O equívoco mais singelo e bonito que a mídia construiu antes mesmo de existir mídia. Aquele que chegou bem antes, e que ainda vai partir bem depois. Que venham mais 60 anos, deliciosos e insuportáveis.

Vamos às urnas

Se os eleitores de Balneário Camboriú possuem o mesmo perfil dos que votam em Florianópolis, Juliana Pavan já está eleita. Pois, olha, nunca vi povo pra gostar tanto de votar em corrupto.

Domingo é o dia

Neste domingo, estarei na Radio Massa FM Floripa a partir das 17h comentando sobre eleições ao lado do mestre César Souza. Vamos conhecer juntos os novos prefeitos da Grande Florianópolis, e avaliar os vereadores eleitos nas principais cidades.

A Radio Ponto UFSC também estará durante todo o domingo no ar ao vivo pelo you tube. As eleições servem de laboratório aos estudantes que se preparam para exercer a profissão, e o resultado que entregam tem sido digno de reconhecimento.

E eu, amigos, vou votar bem cedo no Instituto Federal da Mauro Ramos. Mais tarde, assisto a final do mundial de Futsal ao meio dia (com 5 catarinenses na seleção brasileira). À tarde, atento ao movimento eleitoral em Santa Catarina, produzo conteúdos para o Guararema News até as 17h, quando estartemos ao vivo na Massa FM.