Região Grande Florianópolis

A volta dos fogos no Réveillon de Floripa e as perguntas sem respostas

E algumas reflexões sobre as mortes anunciadas em Imbituba

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A volta dos fogos no Réveillon de Floripa e as perguntas sem respostas
O show de drones que deu muito errado. Foto: divulgação

Algum filósofo falou certa vez que arrepender-se, mudar de ideia, voltar atrás, é sim um ato de grandeza. Pois após o fiasco do réveillon passado em Florianópolis, a Prefeitura da Capital anunciou a volta do show de fogos. O que falta ao prefeito agora reeleito explicar à população é a dispensa de licitação no contrato de R$ 2,8 milhões, da empresa responsável pela última “Virada Mágica”.

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O Ano Novo na Beira-Mar Norte reúne sempre meio milhão de pessoas, entre turistas e moradores, que confraternizam juntos naquela esperança de um ano melhor. Mas essa festa tem dado trabalho e prejuízos, independente de qual prefeito seja. Antes do fiasco dos drones, houve o fiasco da árvore de natal e o fiasco do cantor barítono de ópera que nunca veio.

Acho que, junto com os protetores auriculares, deveriam também distribuir nariz de palhaço para todos na orla.

Redes sociais

Internautas que costumam reclamar quando os jornais escolhem o que vai entrar em cada edição e, ao mesmo tempo, preferem a suposta “liberdade” das redes sociais: saibam pois que em todas elas, também escolhem o que você vai receber na sua timeline… e o critério não é a qualidade.

Mortes em Imbituba

O incidente que resultou na morte de três trabalhadores em Imbituba, num elevador que despencou numa obra, não foi uma casualidade. Duas semanas antes, outro operário morreu em outra obra próximo dali. A falta de fiscalização dos órgãos competentes tem feito cada vez mais vítimas. A conta é simples: as empresas construtoras tentam economizar em tudo para aumentar sua margem de lucro. Nisso, contratam com a mínima remuneração possível, e descartam qualquer investimento em segurança do trabalho.

Operação Lata velha

Num único dia, a Guarda Municipal de Florianópolis retirou das ruas da cidade 29 automóveis abandonados. São veículos que se encontram em decomposição, alguns sem as rodas, sem motor, e que muitas vezes viram abrigo para pessoas em situação de rua. Desde o começo do ano, foram quase 400 denúncias registradas no telefone 145 da GMF. Vai dar trabalho fazer essa faxina necessária. No entanto, não se sabe como ficam os veículos abandonados nos altos do Maciço, onde a Guarda Municipal não sobe de jeito nenhum. Um exemplo é a calçada em frente à Escola Ivone Meyvone, no Monte Serrat, onde há pelo menos 10 anos existe um cemitério de carros e carcaças de automóveis. Vamos acompanhar para ver se a faxina só vale para a aristocracia do centro.