Um hotel localizado no Centro de Florianópolis, que é usado pela prefeitura desde 2020 para abrigar pessoas em situação de vulnerabilidade social, foi parcialmente interditado pela Defensoria Pública de Santa Catarina devido a questões sanitárias.
De acordo com o órgão, as condições do prédio foram alvo de denúncias, atendidas através de uma inspeção da Defensoria para averiguar a situação, que resultou no fechamento do 1º e 2º andar do hotel.
Segundo a Defensoria, as instalações não possuem condições adequadas para acolher as famílias. De acordo com o relatório, a integridade e a saúde dos acolhidos estariam em risco por conta da “grande infestação generalizada de baratas e ausência de condições de higiene e alimentação”.
Conforme a coordenadora Núcleo de Cidadania, Igualdade, Diversidade, Direitos Humanos e Coletivos (NUCIDH), defensora pública Ana Paula Fão Fischer, as pessoas que tiveram seus quartos interditados terão que ser realocadas imediatamente para outros dormitórios.
Além disso, a Defensoria Pública ingressou com Tutela Antecipada em Caráter Antecedente, a fim de garantir a proteção integral das pessoas em vulnerabilidade social que necessitem de acolhimento emergencial na Capital.
O que diz a prefeitura
A Prefeitura de Florianópolis se manifestou, em nota, informando que já havia solicitado melhorias no estabalecimento, e que uma reforma foi iniciada no local recentemente. Ainda de acordo com o texto, o laudo da vigilância será analisado para que possam ser definidas providências contratuais.
O Executivo finalizou, ainda, afirmando que “nenhuma pessoa em situação de rua [em Florianópolis] que queira dormir em um abrigo está na rua. Todos estão realocados em locais dignos, com alimentação e higiene”.
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