
Na tarde dessa segunda-feira (21) o Vaticano divulgou as causas da morte do Papa Francisco. De acordo com comunicado da Santa Sé, o falecimento ocorreu devido a um Acidente Vascular Cerebral (AVC), coma e colapso cardiocirculatório irreversível.
O pontífice se recuperava de mais de um mês de internação devido a um quadro grave de pneumonia. Além disso, o quadro de Francisco foi agravado devido ao episódio recente de insuficiência respiratória aguda em pneumonia multimicrobiana bilateral, além de bronquiectasias múltiplas, pressão alta e diabetes tipo II.
O falecimento do papa foi confirmado pelo cardeal Kevin Farrell. O pontífice morreu em casa, no seu apartamento na Domus Santa Marta, às 7h35, horário de Roma.
Ainda nesta segunda, ocorre a cerimônia de constatação da morte de Francisco, e, em seguida, o corpo do papa será colocado no caixão. O papa ainda em vida aprovou uma resolução que reforma os ritos funerários papais, tornando-os mais simples e flexíveis.
O novo texto retira a obrigação de que os papas sejam enterrados sob três caixões tradicionais de chipre, chumbo e carvalho. Francisco escolheu ser sepultado em caixão simples de madeira e em uma igreja fora do Vaticano.
Vaticano divulga testamento do papa Francisco
Após o falecimento do Papa Francisco, o Vaticano divulgou o testamento deixado pelo Pontífice. No documento, Francisco expressou de forma clara e serena sua última vontade quanto ao local de sua sepultura.
O pontífice afirmou que desejava apenas registrar formalmente o seu desejo relacionado ao lugar onde repousariam seus restos mortais. Ele pediu que seu túmulo fosse simples, sem ornamentações, e construído no chão, entre a Capela Paulina e a Capela Sforza. A única inscrição solicitada por ele na lápide é “Franciscus”.
Confira o texto do testamento na íntegra
“Sentindo que se aproxima o crepúsculo da minha vida terrena e com viva esperança na Vida Eterna, desejo expressar minha vontade testamentária apenas no que se refere ao local da minha sepultura.
Confiei sempre minha vida e o ministério sacerdotal e episcopal à Mãe do Nosso Senhor, Maria Santíssima. Por isso, peço que meus restos mortais repousem, aguardando o dia da ressurreição, na Basílica Papal de Santa Maria Maior.
Desejo que minha última viagem terrena se conclua justamente neste antiquíssimo santuário mariano, onde me dirigia para rezar no início e ao término de cada Viagem Apostólica, a fim de confiar com fé minhas intenções à Mãe Imaculada e agradecer-Lhe pelo cuidado dócil e materno.
Peço que minha sepultura seja preparada no lóculo da nave lateral entre a Capela Paulina (Capela da Salus Populi Romani) e a Capela Sforza da mencionada Basílica Papal, conforme indicado no anexo incluído.
O túmulo deve ser na terra; simples, sem decoração especial e com a única inscrição: Franciscus.
As despesas para a preparação da minha sepultura serão cobertas com a quantia de um benfeitor que determinei ser transferida para a Basílica Papal de Santa Maria Maior, e sobre a qual forneci as devidas instruções a Mons. Rolandas Makrickas, Comissário Extraordinário do Capítulo Liberiano.
Que o Senhor conceda a merecida recompensa àqueles que me quiseram bem e continuarão a rezar por mim. O sofrimento que se fez presente na última parte da minha vida ofereci ao Senhor pela paz no mundo e pela fraternidade entre os povos.”