O general reformado do Exército Brasileiro Walter Souza Braga Netto continuará preso preventivamente, sob custódia do Comando Militar do Leste, no Rio de Janeiro. A decisão foi tomada após audiência de custódia do militar, realizada por videoconferência, na tarde deste sábado, conduzida pelo juiz Rafael Henrique Janela Tamai Rocha.
Tramai é auxiliar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, no Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão, na manhã deste sábado (14). Canais que cobrem integralmente os acontecimentos no Rio, informaram que Braga Neto teria ficado em silêncio durante a audiência que durou pouco mais de uma hora.
Conforme o judiciário, a audiência de custódia é um procedimento de rotina, que serve para observar se houve legalidade no ato da prisão. Com a decisão, Braga Netto ficará preso na Vila Militar da Zona Oeste, 1ª Divisão do Exército.
O general Braga Netto foi candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022. Ele havia ocupado o cargo de ministro da Casa Civil e da Defesa, no governo Bolsonaro. No ato da prisão, no começo da manhã de sábado, em sua casa, em Copacabana, a Polícia Federal também fez buscas na casa dele e apreendeu seu celular.
Conforme o STF, ele foi preso por obstrução de justiça, por tentar saber detalhes da delação de Mauro Cid e por ser um financiador e organizador de um plano de golpe de estado, pra manter Bolsonaro no comando da nação.