Região Blumenau

Projeto social oferece aulas de jiu-jítsu para autistas; veja como participar

Iniciativa gratuita promove autonomia e desenvolvimento através da arte marcial

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Projeto social oferece aulas de jiu-jítsu para autistas; veja como participar
Foto: Divulgação / Jiu-Jitsu com Propósito

Em Blumenau, um projeto social inovador está transformando a vida de crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e suas famílias. O “Jiu-Jítsu com Propósito” utiliza as ferramentas do jiu-jítsu para promover a autonomia, funcionalidade e bem-estar desses jovens.

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Projeto social

A iniciativa gratuita foi idealizada pelo professor de educação física e neuroeducador Leandro Vieira. Para o coordenador, a sensação de assumir e participar de um projeto como este é indescritível.

“É fantástico poder servir famílias atípicas. Como qualquer ser humano, eles anseiam por amor e atenção. Porém, o maior beneficiado é quem os serve, pois não há nenhum dinheiro no mundo que se compare a ver que estamos contribuindo para a autonomia e funcionalidade dos alunos”, declara emocionado.

A ideia surgiu em 2021, no período pós-pandemia, enquanto Leandro finalizava a graduação em Educação Física. Ele se dedicou a capacitações na área, atendendo individualmente na iniciativa privada até que, em janeiro deste ano, recebeu um convite para levar o tatame para dentro de uma igreja e iniciar o projeto voluntário.

Equipe voluntária

Atualmente, a iniciativa conta com uma equipe multidisciplinar engajada em oferecer um atendimento completo às famílias. Além de Leandro, a equipe é composta por dois pastores (um é ex-capelão e o outro é psicólogo), duas psicólogas que atendem as mães, fonoaudióloga, pedagoga e psicopedagoga.

Veja momentos da aula entre pai e filho:

Público alvo

O público alvo são crianças e adolescentes de 06 a 17 anos que tenham laudo diagnóstico de autismo, independentemente do grau de suporte. O critério de escolha é simples: a apresentação do laudo e a permanência de um dos pais ou responsável legal durante todo o atendimento.

Ademais, Leandro enfatiza que o trabalho não se limita ao tatame: “Se percebermos que podemos ajudar com fonoaudiologia, pedagogia ou psicologia, vamos servir o todo”.

Devido ao sucesso, o projeto enfrenta uma grande demanda. “Estamos com fila de espera porque eu atendo sozinho no tatame. Preciso de mais professores e professoras voluntários. Espero que essa matéria sensibilize outros”, apela o neuroeducador.

Como participar

Para aqueles que se interessarem em conhecer o projeto, seja como aluno, pai, mãe ou voluntário, o contato pode ser feito através do perfil do Instagram @jiujitsucomproposito. Leandro faz um pedido especial: “Aproveitem para seguir e compartilhar o perfil”.

Este trabalho realizado voluntariamente é um farol de esperança para as famílias atípicas que buscam um caminho de desenvolvimento e aceitação. Dessa forma, é um exemplo muito positivo para celebrar o Abril Azul, mês de conscientização sobre o autismo.

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