Projeto catarinense contra poluição visual inspira Prefeitura de São Paulo

Um projeto de organização da rede aérea de energia elétrica que nasceu em Santa Catarina começa a inspirar iniciativas semelhantes na maior cidade do Brasil: São Paulo. O projeto começou em Jaraguá do Sul. E depois a Prefeitura de Florianópolis também adotou a ideia, apresentada na última semana a representantes da Prefeitura da capital paulistana. Uma comitiva de autoridades e técnicos daquele estado esteve na sede da Celesc para conhecer os resultados práticos da iniciativa, que envolve a limpeza e o reordenamento das fiações em postes de energia elétrica.

O modelo começou em Jaraguá do Sul como projeto-piloto, com a participação da prefeitura e de empresas que compartilham a infraestrutura. A ação visa remover cabos soltos, obsoletos ou irregulares e organizar a rede aérea, melhorando a segurança e a aparência das vias.

Resultados comprovados do Projeto

Em Florianópolis, onde o projeto também aconteceu, foram retiradas mais de 15 toneladas de cabos entre agosto de 2024 e julho de 2025. Além disso, as ações ocorreram em 769 postes, ao longo de 17,4 quilômetros de ruas, e reuniram em média 33 profissionais por mutirão. Ao todo, se recolheu mais de 15 mil quilos de materiais fora de uso.

O trabalho é realizado por meio do Protocolo de Cooperação Técnica (PCT), assinado entre a Celesc, prefeituras e empresas de telecomunicações. Além de combater a poluição visual, a medida aumenta a segurança e facilita a manutenção das redes.

Jaraguá do Sul foi pioneira no estado

Jaraguá do Sul foi a primeira cidade catarinense a adotar este modelo, com a participação de oito empresas. Em Florianópolis, atualmente, 16 empresas integram o plano. Dessa forma, a experiência local chamou a atenção de São Paulo, que estuda adaptar a iniciativa para seus bairros.

“O combate à fiação irregular é uma preocupação de muitas cidades e tem impacto direto na segurança e na qualidade do ambiente urbano”, afirmou o secretário de Limpeza Urbana de São Paulo, Osmário Ferreira.

Benefícios para as empresas e para a cidade

Além disso, a Celesc destaca que a organização das redes também gera benefícios para as empresas compartilhadoras, que passam a contar com infraestrutura mais segura e atrativa para a ampliação de serviços.

“O modelo é replicável e adaptável a diferentes cidades”, afirmou o diretor de Geração, Transmissão e Novos Negócios, Elói Hoffelder. Além disso, para o diretor de Distribuição, Cláudio Varella, o foco do projeto é garantir qualidade no serviço e segurança para a população”.

Como isso impacta sua vida?

O projeto que começou em Jaraguá do Sul mostra resultados práticos no dia a dia: menos poluição visual, mais segurança e ruas mais organizadas. Para quem vive, trabalha ou circula pela cidade, a continuidade dessas ações significa um ambiente urbano mais limpo, com redes aéreas mais confiáveis e maior facilidade de manutenção das estruturas.