Nessa sexta-feira (1º), o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, informou que os inquéritos sobre os atos do 8/1 serão concluídos esse mês. O inquérito apura uma suposta tentativa de golpe de Estado e atos antidemocráticos ocorridos em janeiro.
A invasão às sedes dos Três Poderes, em Brasília (DF), e a destruição da estrutura dos prédios públicos configuram os atos antidemocráticos de janeiro. Entre os investigados está o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“A investigação tem o seu curso e o seu prazo necessário para que a gente cumpra a tarefa com nosso trinômio básico: autonomia da equipe de investigação, qualidade da prova e responsabilidade”, disse o diretor-geral.
De acordo com as investigações os atos do 8/1 foram uma evidente tentativa de golpe para impedir a posse do presidente Lula (PT) após sua vitória nas eleições de 2022. Entre os investigados estão o ex-presidente Jair Bolsonaro e integrantes de sua equipe, como os ex-ministros Augusto Heleno, Braga Netto e Paulo Sérgio Nogueira.
“A equipe tem trabalhado ao longo do tempo com essas premissas e tem a expectativa de, ainda neste mês de novembro, concluir todas as investigações que dizem respeito aos ataques à nossa democracia” afirmou Andrei Rodrigues.
A Polícia Federal encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um documento que atesta falhas evidentes sobre a ação da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) para conter os atos antidemocráticos.
O documento destacou a omissão do governador Ibaneis Rocha (MDB); do então chefe da SSP-DF, Anderson Torres; de um oficial da Polícia Militar (PMDF) e outro da Polícia Federal à época da tentativa de golpe. Os quatro são investigados no inquérito.
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