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Manto Tupinambá que estava na Dinamarca tem cerimônia de retorno adiada

A cerimônia deve acontecer entre os dias 10 e 12 de setembro

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Manto Tupinambá que estava na Dinamarca tem cerimônia de retorno adiada
Foto: Divulgação / Museu Nacional da Dinamarca

A cerimônia de celebração do retorno do manto Tupinambá que estava marcada para essa semana, entre os dias 29 e 31, foi adiada. De acordo com o Ministério dos Povos Indígenas, a cerimônia deve acontecer entre os dias 10 e 12 de setembro.

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A peça é um item sagrado para os indígenas, ela era utilizada em diferentes cerimônias e rituais. Com plumagem avermelhada de aves e cerca de 1,20m de altura, o manto estava em um museu na Dinamarca há mais de 300 anos.

Pesquisadores estimam que a peça tenha sido levada do Brasil no período colonial, durante a ocupação holandesa.

Mesmo com a cerimônia marcada para o próximo mês no Museu Nacional, na Zona Norte carioca, a peça tem causado desentendimento entre lideranças Indígenas e representantes do museu.

O Conselho do Povo Tupinambá de Olivença, no Sul da Bahia, publicou um vídeo em uma rede social mencionando “violência espiritual” e desencontros quanto à informação sobre a chegada do manto.

Jennyffer Branfor Tupinambá pede que a espiritualidade e a identidade de seu povo sejam preservadas. Ela pontua que a chegada do mando às terras brasileiras deveria ter sido acompanhada por um rito de respeito e honra.

Segundo especialistas, o processo de repatriação é um marco histórico e joga luz na discussão sobre as inúmeras relíquias que foram levadas para o exterior e seguem fora do Brasil, expostas em museus ou integrando coleções de arte privadas em várias partes do mundo.

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