Laboratórios de pesquisa avançada são inaugurados no Vale

Três laboratórios de pesquisa avançada foram inaugurados no Vale do Itajaí, nesta quinta-feira (27). Eles serão utilizados nas áreas de biodiversidade, valorização de resíduos agroindustriais e toxicologia. O Governo do Estado de Santa Catarina investiu R$ 7,2 milhões.

Os espaços foram estruturados para atender demandas da região onde estão inseridos, potencializando as pesquisas das universidades onde estão instalados, estudos de outras instituições catarinenses e prestar serviços para empresas e entidades.

“Inauguramos mais três laboratórios multiusuários, dos 50 projetos que foram viabilizados com recursos do edital da Fapesc. Essa iniciativa vai ampliar a capacidade de Santa Catarina analisar e abordar temas de grande demanda social. Estes espaços do programa MultiLab SC estão alinhados à visão do governador Jorginho Mello, de olhar para as demandas regionais e buscar soluções por meio da tecnologia e da inovação”, afirma, presidente da Fapesc, Fábio Wagner Pinto.

Além destes laboratórios, por meio de edital, foram concedidos mais R$ 111 milhões para estruturar laboratórios de pesquisa avançada em universidades de todas as regiões do estado. Ao todo, foram selecionados 50 projetos de 19 instituições de ensino superior das seis mesorregiões catarinenses.

O que dizem os reitores das universidades contempladas

Segundo o reitor do Unidavi, Alcir Texeira, o laboratório vai atender toda a região do Alto Vale do Itajaí, que possui 28 municípios. “A Fapesc e o Governo do Estado têm auxiliado muito as instituições catarinenses. Você não consegue fazer pesquisa se não tiver envolvimento do governo, do setor produtivo e da universidade. Iniciativas como o Programa MultiLab SC vão transformar o Alto Vale do Itajaí”, salienta.

Para a reitora da Furb, Marcia Sardá Espíndola, o investimento do Estado no desenvolvimento da ciência é de extrema importância. “Hoje vivemos um momento ímpar. O Governo do Estado coloca a educação e a pesquisa como parte fundamental para o desenvolvimento. A Fapesc está trazendo muitos editais e recursos que permitem desenvolver pesquisas e nos integrar com o setor produtivo e todo o desenvolvimento regional”, comenta.

Saiba quais os laboratórios inaugurados

Laboratório de Pesquisas Avançadas em Imunotoxicologia (Unilabor) – instalado no campus da Unidavi em Rio do Sul, é um espaço para pesquisas avançadas em imunologia e toxicologia. A proposta inicial visa a investigação dos efeitos adversos da exposição a agrotóxicos em trabalhadores rurais do Alto Vale do Itajaí. “Será possível criar parcerias nacionais e internacionais para avaliação de toxicidade de novas moléculas, ampliação de diagnósticos e implementação de terapia personalizada”, afirma a coordenadora do laboratório, professora doutora Cristina Bichels Hebeda.

Central Laboratorial de Análise Instrumental Multiusuários e de Serviço (Claims) – localizada na Furb, é destinada a pesquisas avançadas e multidisciplinares para a valorização de resíduos agroindustriais, que envolvem a caracterização e transformação de resíduos em produtos de valor agregado, como materiais poliméricos biobaseados, materiais nanoestruturados e produtos de química fina e bioativos.

“Os instrumentos adquiridos permitem perspectivas totalmente novas e inovadoras nas pesquisas que realizamos. A melhora da instrumentação da Claims vai atender toda comunidade científica da Furb, fortalecer os laços já estabelecidos com o setor produtivo e ampliar o número de colaborações na academia e com a indústria para o desenvolvimento de pesquisas básicas, aplicadas, a resolução de problemas e o desenvolvimento de novos produtos e processos”, salienta o coordenador da Claims, professor doutor Jürgen Andreaus.

HUB de Estudos da Biodiversidade – outro projeto da Furb selecionado pelo edital do Programa MultiLab SC, foi o Hub de Estudos da Biodiversidade, através de uma abordagem integrativa entre morfoanatomia, biologia molecular e química. O coordenador do projeto, professor doutor André Luís Gasper, explica que, o Herbário Dr. Roberto Miguel Klein, que possui uma coleção com 78 mil amostras, vai ampliar a sua atuação para além do estudo de plantas, prestando serviços e dando suporte a estudos de morfoanatomia de plantas, animais, fungos e de biologia molecular deles, além da caracterização química desses organismos, integrando todos os estudos da biodiversidade catarinense.