Região Grande Florianópolis

Justiça autoriza reencontro de desembargador com mulher resgatada

STF autoriza contato entre desembargador de SC e mulher supostamente mantida em trabalho análogo à escravidão

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Justiça autoriza reencontro de desembargador com mulher resgatada
Desembargador Jorge Luiz. Foto: divulgação

A Justiça autorizou na quinta-feira (7) que uma mulher de 50 anos resgatada no começo deste ano da casa de um desembargador em Santa Catarina volte a ter contato com a família. Ela também vai poder escolher se quer voltar a morar na residência, onde morou desde os seis anos de idade.

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O caso ganhou repercussão em todo o Brasil em junho desse ano, quando a Justiça indiciou o desembargador Jorge Luiz Borba, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, por supostamente manter a mulher em condições semelhantes á escravidão dentro da sua casa, em Florianópolis.

A decisão de que a mulher pode voltar a se encontrar com a família foi proferida pelo STF, assinada pelo ministro André Mendonça. O desembargador sempre negou as denúncias dizendo que ela era da família e tratada como se fosse uma filha. Deficiente auditiva, a mulher nunca aprendeu a se comunicar em Libras – Linguagem Brasileira de Sinais, e sequer frequentou a escola.

A Defensoria Pública da União (DPU) assumiu a defesa da mulher, e conseguiu impedir que ela mantivesse contato com  família de Jorge até agora. Desde que foi resgatada por policiais de dentro da casa, a mulher segue vivendo numa instituição de acolhimento na Capital catarinense, cujo endereço é mantido em sigilo. Caso ambas as partes concordem com o reencontro, tudo deve ser registrado em vídeo e o conteúdo sob sigilo.