O Governo Estadual está licitando duas novas barragens para prevenir cheias em Santa Catarina, em especial no Vale do Itajaí. Os aparatos serão erguidos nas cidades de Mirim Doce, no Rio Taió, e em Botuverá, no Rio Itajaí-Mirim, com um investimento total de aproximadamente R$ 248 milhões. Os projetos buscam controlar o fluxo de água durante chuvas intensas, garantindo a proteção da população e da infraestrutura local.
De acordo com o Governador Jorginho Mello, as obras são de fundamental importância para mitigar os efeitos das grandes enxurradas e enchentes nas regiões abrangidas pelos dois rios. “Estamos investindo em prevenção para garantir a segurança da população e minimizar os impactos das enchentes. Essas barragens representam uma resposta a um problema histórico e um avanço significativo na proteção da nossa gente. Inclusive, mudamos o nome da Defesa Civil para Secretaria de Proteção e Defesa Civil, porque acreditamos que o caminho é a prevenção”.
Os projetos têm um prazo de execução de 24 meses e um contrato válido por 30 meses. A licitação para as duas barragens ocorrerá no mesmo dia, 18 de dezembro, com horários diferentes. A expectativa, portanto, é que as barragens estejam operando em dois anos.
Barragem no Rio Taió: Mirim Doce
Com orçamento de R$ 93,1 milhões, o governo construirá a barragem de Mirim Doce no Rio Taió. A obra faz parte do plano de mitigação das enchentes no Vale do Itajaí, região que sofre com inundações devastadoras. O projeto prevê uma contratação semi-integrada, na qual a empresa vencedora desenvolverá os projetos executivos e executará a obra.
Barragem de Botuverá: Rio Itajaí Mirim
A segunda barragem, no Rio Itajaí Mirim, em Botuverá, conta com um orçamento estimado em R$ 155 milhões e será executada de forma indireta, também no formato semi-integrado. A barragem atuará como um importante regulador das águas na região, protegendo municípios como Botuverá, Brusque e Itajaí de enchentes que afetam a bacia do Rio Itajaí-Açu. Esse projeto surge após estudos realizados em parceria com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA), que recomendou novas barragens como estratégia de contenção para a região.
Os técnicos responsáveis planejaram os projetos das barragens com rigorosos critérios ambientais para minimizar os impactos no ecossistema local. Nesse sentido, a empresa vencedora terá que implementar um Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD). Além disso, deverá gerenciar os resíduos da construção civil e assegurar a estabilização e revegetação das áreas afetadas com espécies nativas ao fim das obras.