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Francisco: o Papa progressista que desafiou conservadores e tradições

Em 2019, Francisco reconheceu publicamente abusos cometidos por membros da Igreja

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Francisco: o Papa progressista que desafiou conservadores e tradições
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Após uma última aparição pública, no Domingo de Páscoa, para abençoar os fiéis no Vaticano, o Papa Francisco, líder da Igreja Católica, faleceu na madrugada desta segunda-feira (21) aos 88 anos, ele ocupava a função desde 2013. O pontífice ficou internado por cerca de 40 dias após uma pneumonia dupla. Francisco era conhecido como um Papa progressista.

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Francisco se destacou como um líder progressista. Em 2014, mediou negociações entre os então presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e de Cuba, Raúl Castro, em um esforço para reaproximar os dois países. O diálogo, que envolvia a troca de prisioneiros, foi interrompido após a posse de Donald Trump na Casa Branca.

Durante seu pontificado, a Igreja Católica avançou na acolhida a pessoas LGBTQIA+. Em dezembro de 2023, Francisco autorizou a bênção a casais do mesmo sexo, contrariando a doutrina tradicional da Igreja, que condena a união homossexual.

Em 2015, publicou a encíclica Laudato Si’, na qual emitiu alertas para o impacto da degradação ambiental no mundo, além de criticar o consumismo “desenfreado”. Na ocasião, o papa defendeu que os países ricos assumissem responsabilidades maiores na preservação do meio ambiente, também ajudando nações mais pobres a lidar com as consequências do aquecimento global.

Em 2016, Francisco chegou a levar três famílias sírias para o Vaticano após ter ido visitar um campo de refugiados na Grécia. O gesto, na ocasião, ficou marcado como simbólico e sensível pela imprensa internacional.

Já em 2019, o Papa progressista reconheceu publicamente abusos cometidos por membros da Igreja contra freiras e decretou que todos os casos de abuso sexual dentro da Igreja fossem denunciados.