A família de Zagallo, que morreu em janeiro desse ano, está sendo cobrada na justiça por uma de suas cuidadoras. Ela alega reclama os direitos trabalhistas de sua contratação, bem como rescisão, depósitos de FGTS e INSS que, segundo ela, nunca foram feitos.
A enfermeira relata que cuidou de Zagallo entre 2018 e 2024. Ela cobra na justiça jornadas de plantões, horas extras, além de uma ação por danos morais atribuídos a Mario César Zagallo, filho e tutor do tetracampeão.
O processo corre em segredo de justiça, mas de acordo com informações preliminares do caso, a cuidadora relata, com provas, a jornada exaustiva de trabalho, pelo qual recebia mensalmente, sem carteira assinada, cerca de R$ 2,4 mil.
Além disso, ela conta que a equipe de cuidadoras era monitorada por câmeras e que, durante a pandemia, teria sido obrigada a acumular as funções de arrumadeira, passadeira e cozinheira sem que fosse remunerada para tal.
Outra denúncia feita pela profissional é de que ela não conseguia se ausentar mais que 15 minutos, pois o filho do Zagallo enviava áudios pelo grupo de WhatsApp “aos berros” chamando atenção.
A cuidadora foi dispensada de suas funções no dia da morte de Zagallo sem aviso prévio. Em uma audiência de conciliação, no começo de agosto, a funcionária pedia R$ 190 mil, mas só foi oferecido R$ 18 mil e ela não aceitou.
Uma nova audiência foi marcada para o dia 16 de outubro e, nesta data, tanto Mario César quanto a ex-cuidadora de Zagallo deverão apresentar suas testemunhas.