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Chuva de meteoros Líridas ficará mais intensa nos próximos dias

Pico das visualizações será na madrugada entre 21 e 22 de abril

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Chuva de meteoros Líridas ficará mais intensa nos próximos dias
Foto: Reuters

A incidência de meteoros cortando os céus do Brasil está cada vez maior desde a última segunda-feira (14). Na data, o planeta Terra começou a atravessar uma região do espaço por onde passou o Cometa Tatcher (C/1861 G1), deixando um rastro de poeira e detritos.

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Trata-se da chuva de meteoros Líridas (Lyrids), que anualmente brinda os amantes da astronomia com visualizações de objetos que literalmente são de outro planeta. O ápice das aparições está previsto para a noite entre 21 e 22 de abril.

“A melhor visibilidade será durante o pico, na madrugada de 22 de abril, por volta das 2h da manhã (horário de Brasília). Nesse horário, o radiante da chuva — ponto no céu de onde os meteoros parecem se originar — estará mais alto, proporcionando melhores condições de observação”, explicou o astrônomo parceiro do Observatório Nacional Marcelo De Cicco.

Especialista em ciências planetárias e coordenador do projeto brasileiro de pesquisa de meteoros Exoss, Cicco orienta sobre como assistir. Segundo ele, quem estiver em lugar escuro, longe da poluição luminosa das cidades e nos horários de menor luminosidade lunar, poderá ver até 18 meteoros por hora.

“Basta olhar predominantemente para o norte. Mais especificamente para o quadrante Norte, próximo à estrela Vega”, sugere o astrônomo. Ele explica que a chuva de meteoros Líridas ocorre anualmente entre 14 e 30 de abril.

Como se posicionar para ver a chuva de meteoros

Para facilitar o reconhecimento dos pontos cardeais, o observador que não tiver uma bússola deverá estender os braços. O direito para o local onde o Sol nasce (leste) e o braço esquerdo para o local onde o Sol se põe (oeste). Dessa forma, ele estará de frente para o norte.

Pequenos corpos celestes que se deslocam no espaço e entram na atmosfera da Terra, os meteoros queimam parcial ou totalmente. Isso por conta da ablação com a atmosfera terrestre e do contato com moléculas de oxigênio. Esse fenômeno deixa um risco luminoso no céu, popularmente chamado de “estrela cadente”.

Estudar chuvas de meteoros ajuda a estimar a quantidade e o período de maior incidência de detritos provenientes de correntes de meteoroides que a Terra atravessa periodicamente.

Assim, missões espaciais e centros de controle de satélites podem aprimorar estratégias de proteção para suas naves e equipamentos em órbita próxima à Terra e Lua.

As chuvas de meteoros também ajudam a compreender a formação do nosso Sistema Solar. Isso porque ao investigar as propriedades dos detritos, é possível entender mais sobre os cometas e até mesmo fragmentos lunares e marcianos. Eles são resultantes de impactos antigos, assim como NEOS (Near Earth Objects), objetos próximos à órbita terrestre com atividade.

Com informações de Agência Brasil

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