
Um ano após a catástrofe climática que deixou milhares de pessoas desabrigadas, 184 mortos e 25 desaparecidos no Rio Grande do Sul, as vítimas da catástrofe ainda enfrentam inúmeros desafios. Dos recursos federais financeiros destinados ao estado até o momento, há R$ 6,5 bilhões depositados em uma conta vinculada à Caixa Econômica Federal.
Este é o Fundo de Apoio à Infraestrutura para Recuperação e Adaptação a Eventos Climáticos Extremos (Firece), criado no fim do ano passado pelo governo federal. Ele deve ser destinado à obras estruturantes de construção e reforma de diques, casas de bombas, drenagem de arroios, desassoreamento de calhas fluviais, entre outras intervenções estruturantes.
Contudo, todo este montante disponível está dinheiro está parado. O tempo de atualização dos projetos para as obras, que ainda não têm previsão de início, gerou um impasse na última semana entre integrantes dos governos estadual e federal.
Assim, o governador Eduardo Leite se sentiu incomodado e pediu ao presidente Lula para o governo do estado assumir essas obras, e o presidente Lula aceitou. Então, os R$ 6,5 bilhões estão sob responsabilidade do governo estadual.
Prefeitos cobram investimento nos projetos já apresentados para recuperar cidades atingidas pela catástrofe
Em Porto Alegre, segundo o prefeito Sebastião Melo, há cerca de R$ 700 milhões em projetos apresentados ao governo do estado. “Nós escrevemos vários projetos de proteção de cheias. Mas isso tá lá, nenhum foi autorizado ainda. A gente quer que seja decidido rapidamente”, cobrou.
Em Canoas, cidade que teve mais da metade de sua área urbana inundada com o rompimento de dois diques. “Esse valor já está aportado, inclusive rendendo juros para esse fundo. Se faz necessário que o governo não fique com o dinheiro parado, travado e faça a destinação devida para nós darmos continuidade a essas obras”, disse o prefeito Airton Souza, em entrevista à Agência Brasil.
Com informações da Agência Brasil