O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) decidiu não ouvir quatro testemunhas marcadas para depor nesta quarta-feira (19) no Caso Jaguar. O julgamento do Júri Popular determinará se o motorista acusado de causar um acidente fatal na BR-470 em Gaspar, em 2019, é culpado ou inocente.
A juíza Grizela Rezende de Matos Muniz Capellaro aceitou a decisão do MPSC, dispensando as testemunhas mencionadas sem necessidade de acordo da defesa do réu. Uma das testemunhas não pôde ser localizada, levando o Ministério Público a desistir das oitivas programadas para o dia 5 de junho, incluindo outras três testemunhas não encontradas.
O MPSC está buscando a condenação do motorista por dois homicídios e três tentativas com dolo eventual, além da acusação de dirigir sob a influência de álcool, com capacidade psicomotora comprometida.
Salão do Júri
Para a sessão do júri do Caso Jaguar, a Vara Criminal da Comarca de Gaspar determinou que o acesso ao Salão do Júri será prioritário para familiares das vítimas e do acusado, com prioridade baseada no grau de parentesco. O limite máximo é de dez parentes das vítimas e o mesmo número para os familiares do acusado, desde que haja capacidade no salão disponível.
Menores de 18 anos não terão permissão de entrada, e o uso de celulares e outros dispositivos eletrônicos de gravação de som e imagem está estritamente proibido, exceto para os meios de comunicação autorizados a cobrir a sessão do júri, que devem seguir as diretrizes estabelecidas pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina.
Relembre o caso
Em fevereiro de 2019, o Caso Jaguar chocou a comunidade quando um motorista, sob efeito de álcool, conduzindo um Jaguar, colidiu frontalmente com um Pálio. O acidente resultou na morte de duas jovens, Suelen Hedler da Silveira e Amanda Grabner, além de deixar outras três pessoas feridas. O condutor foi preso em flagrante na época, e apesar da prisão preventiva inicialmente decretada pelo juízo da comarca de Gaspar, recorreu da decisão e aguarda o desfecho do processo em liberdade.