
O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, passou mal ao receber a notícia da decretação de prisão domiciliar do pai. O parlamentar precisou de atendimento médico em um hospital do Rio de Janeiro na noite desta segunda-feira (4).
Carlos passou o dia bem, inclusive teria ido ao Partido Liberal (PL) em Brasília e retornado ao Rio de Janeiro por volta do meio-dia desta segunda-feira. No entanto, ao saber sobre a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, imposta pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ele passou mal e foi às pressas para a unidade hospitalar.
Informações indicam que o político apresentou alterações na pressão arterial. Além disso, ele precisou passar por exames de coração. A orientação dos médicos foi para que Carlos permanecesse internado.
Prisão domiciliar de Bolsonaro
O ex-presidente Jair Bolsonaro teve decretada pelo STF, nesta segunda-feira, sua prisão domiciliar .O motivo, de acordo com a sentença, foi o fato de Bolsonaro ter descumprido a ordem de não utilizar as redes sociais, inclusive as de seus filhos parlamentares.
“Não há dúvidas de que houve o descumprimento da medida cautelar imposta a Jair Messias Bolsonaro”, escreveu Moraes. Para o ministro, a atuação do ex-presidente, mesmo sem o uso direto de seus perfis, burlou de forma deliberada a restrição imposta anteriormente.
Em 25 de julho, Moraes determinou uma série de medidas cautelares a Bolsonaro, entre elas o uso da tornozeleira eletrônica, após indícios de que o ex-presidente estaria obstruindo o processo no qual é réu por tentativa de golpe de Estado.
Assim, ao determinar que Bolsonaro cumpra prisão domiciliar em seu endereço residencial, em Brasília, o ministro também impôs agora a proibição de visitas, com a exceção de seus familiares e advogados. A Polícia Federal também deve recolher todos os aparelhos celulares disponíveis na residência.
O que diz a defesa do ex-presidente
Por fim, veja abaixo a nota da defesa do ex-presidente na íntegra:
“A defesa foi surpreendida com a decretação de prisão domiciliar, tendo em vista que o ex-presidente Jair Bolsonaro não descumpriu qualquer medida.
Cabe lembrar que na última decisão constou expressamente que “em momento algum Jair Messias Bolsonaro foi proibido de conceder entrevistas ou proferir discursos em eventos públicos”. Ele seguiu rigorosamente essa determinação.
A frase “Boa tarde, Copacabana. Boa tarde meu Brasil. Um abraço a todos. É pela nossa liberdade. Estamos juntos” não pode ser compreendida como descumprimento de medida cautelar, nem como ato criminoso.
A defesa apresentará o recurso cabível.
Celso Vilardi, Paulo Amador da Cunha Bueno e Daniel Tesser”.