
As fortes chuvas que caíram sobre a região da Grande Florianópolis desde a última quinta-feira (16) tiveram impacto relevante sobre algumas edificações e infraestruturas no Campus da UFSC, a Universidade Federal de Santa Catarina. No campus da Trindade, o grande volume de precipitações provocou alagamentos nos andares térreos de alguns edifícios. Além disso, também provocou infiltração de água por telhados, vazamentos e goteiras em diversos blocos, incluindo o prédio da Reitoria.
Na manhã de sexta (17), o reitor Irineu Manoel de Souza percorreu o campus de Florianópolis em companhia do prefeito universitário, Matheus Lima Alcantara. Eles visitaram diversos locais impactados, como o Centro Tecnológico e o Centro de Comunicação e Expressão. Da mesma forma, também o Centro de Filosofia e Ciências Humanas e o Alojamento Estudantil Indígena. E prédios do Centro de Ciências Biológicas, a Biblioteca Universitária e o Centro de Ciências Agrárias.
O prefeito universitário citou que foram duas consequências principais das chuvas, que chegaram em grande volume e sem previsão dos serviços meteorológicos. A primeira foi a inundação de várias áreas do campus da Trindade, onde os córregos não suportaram o acúmulo de água na bacia hidrográfica. Com isso, ocorreram alagamentos mais intensos e problemas na infraestrutura de drenagem no Centro tecnológico e no prédio da Morfologia.
Alagamentos
A vistoria foi a pontos críticos já identificados. “A ideia é a gente reconhecer os riscos que estão associados. E tentar pensar em intervenções para mitigar maiores danos e principalmente garantir a segurança das pessoas”, disse Matheus Alcantara. Ele informou que a Reitoria está em contato com os diretores dos Centros de Ensino para que eles façam relatos dos problemas identificados. Além disso, a partir desta segunda-feira (20), as equipes técnicas da Prefeitura devem retornar aos locais atingidos para verificar a situação, visando a elaboração de um plano de ação sob critérios de gravidade e urgência, acrescentou o prefeito.
O Centro Tecnológico (CTC) foi um dos locais impactados pelas chuvas. Houve registro de diversas ocorrências de infiltração de água da chuva pelos telhados das edificações, tanto através de lajes e emendas como também infiltração de água das calhas de escoamento, que não deram conta do alto volume das precipitações.
Da mesma forma, também houve acúmulo de água ao redor das contruções do CTC e alguns prédios sofreram inundação da parte térrea. “Águas que infiltram pelo telhado danificam paredes dos andares superiores. A água que infiltra pelo solo carrega quantidade grande de lama e deteriora todo o piso térreo. Também temos a deterioração de mesas, portas, divisórias, a própria pintura das paredes. Estamos ainda fazendo os levantamentos, não temos a visão completa de todos os locais”, informa o professor Amir Martins de Oliveira Junior, vice-diretor do CTC.
Infiltrações
O Bloco B da Engenharia Mecânica sofreu uma rachadura no piso do andar térreo, causada pela diferença de pressão entre o lado externo e o lado interno. O prédio é isolado da parte externa por comportas, mas a diferença de pressão fez com que o piso falhasse e por essa rachadura entrou uma grande quantidade de água. O piso inferior do Bloco B tem cerca de 4,5 mil metros quadrados de área útil e abriga laboratórios de ensino, salas de aula e laboratórios de pesquisa. “Existem equipamentos bastante caros em plantas-piloto em escala semi-industrial, além de vários equipamentos de medição”, informa o professor Amir Martins.
Na Superintendência de Governança Eletrônica e Tecnologia da Informação e Comunicação (Setic), ocorreu uma infiltração causada pelo acúmulo de materiais como folhas e galhos nas canaletas do prédio. A água da chuva atingiu a sinalização da saída de emergência no primeiro andar. Graças à ação dos servidores presentes, a infiltração foi contida e não chegou ao térreo, onde fica o Datacenter da UFSC, que armazena todos os dados da instituição e serviços informacionais.
Fonte: Notícias UFSC