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Batalha judicial entre EUA e Google: disputa pode mudar o futuro da web

EUA acusa a empresa de monopólio e abuso de posição dominante

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Batalha judicial entre EUA e Google: disputa pode mudar o futuro da web
Foto: Divulgação / Unsplash

Os Estados Unidos e a empresa Google enfrentam uma batalha judicial que pode mudar o futuro da web. O país acusa a gigante da tecnologia de monopólio e abuso de posição dominante no que se refere aos serviços de busca na internet.

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Para o julgamento, que começou na última terça-feira (12) e deve durar dez semanas, foram convocadas figuras do alto escalão da companhia, como a CEO Sundar Pichai, e também de outras empresas, como o vice-presidente de serviços da Apple, Eddy Cue.

De acordo com a acusação do Departamento de Justiça americano, o Google mantém a posição dominante como mecanismo de busca de maneira anticompetitiva. Isso porque a companhia estaria pagando empresas fabricantes de aparelhos e navegadores para que utilizem o Google como buscador padrão.

A acusação aponta que o Google pagou milhões de dólares para a Apple, para que exibisse a barra de busca no Safari. Acordos semelhantes teriam sido realizados com a Mozila e a empresa de telecomunicações AT&T.

O objetivo do processo é tornar ilegal o que é considerado um abuso de poder, além de determinar medidas para restaurar a livre concorrência na internet. Estas medidas ainda não foram definidas, mas caso o Google saia derrotado, elas poderiam romper os acordos e modelos de negócios da companhia.

O julgamento também pode abrir uma nova era de vigilância antitruste por parte do Departamento de Justiça e da Comissão Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês, órgão semelhante ao Cade no Brasil) contra as Big Techs.

A derrota do Google poderá abrir frentes para que rivais, como o buscador Bing, se torne uma alternativa mais comum. Bem como, as empresas que possuem contratos com a Google poderiam sair prejudicadas.

Defesa

Respondedo às acusações, o presidente de Assuntos Globais da Alphabet e do Google, Kent Walker, afirmou que “as pessoas não usam o Google porque são obrigadas, mas porque elas querem”. Segundo o executivo, a empresa vai “demonstrar em julgamento que os contratos de distribuição do mecanismo de busca refletem as escolhas das fabricantes de dispositivos e navegadores com base na qualidade do serviço e nas preferências dos consumidores”.

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