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Aliança Global Contra a Fome tem grande adesão; iniciativa é brasileira

Cerca de 20 países aderiram, outros 29 entregaram declarações

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Aliança Global Contra a Fome tem grande adesão; iniciativa é brasileira
Foto: Agência Brasil

Nesta quinta-feira (7), a Noruega aderiu à Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza. Até o momento, além da União Africana e União Europeia, 18 países estão formalmente na Aliança. Além disso, outros 29 já submeteram e estão com as Declarações de Compromisso em revisão e mais 66 países já manifestaram a intenção de aderir à Aliança Global.

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Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), a expectativa é que todos os países do G20 – principal fórum de cooperação econômica mundial, e os convidados para a Cúpula de Líderes, confirmem a participação na Aliança. Bangladesh e Alemanha já oficializaram a adesão publicamente.

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O último país a ingressar, a Noruega, já havia anunciado um aporte inicial de US$ 1 milhão para o programa. Instituições como Organização dos Estados Americanos (OEA), o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), a Câmara de Comércio Internacional e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) também firmaram compromisso com a Aliança, bem como a Fundação Rockefeller, dos Estados Unidos. 

A Aliança está aberta à adesão de países, instituições e organismos internacionais, entre outros, que compartilhem seus princípios.

Foto: Divulgação/Internet

Segundo a edição mais recente do relatório Estado da Segurança Alimentar e da Nutrição no Mundo (SOFI), das Nações Unidas, cerca 733 milhões de pessoas estão em situação de subnutrição, o que equivale a uma em cada 11 pessoas no mundo.

Como funciona a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza

Essa iniciativa brasileira foi apresentada no G20, com a finalidade de canalizar recursos a programas e projetos para o enfrentamento a esses dois problemas, que afetam milhares de pessoas do mundo inteiro. A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza vai operar de forma independente, com equipe própria, pelo menos até 2030.

Ela funcionará como uma espécie de projeto intermediário neutro para a construção de parcerias e implementação de políticas. Desta forma, será possível aproveitar um banco de dados unificado, agilizando a identificação de necessidades e oportunidades de conhecimento e financiamento.

Isso reduzirá o tempo e os recursos necessários para identificar e engajar parceiros adequados. Ainda assim, o projeto facilitará a criação de políticas públicas, como transferência de renda e outras estratégias de enfrentamento à fome e à pobreza.

O G20

O G20 tem 19 países: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia, além de dois órgãos regionais: a União Africana e a União Europeia.

Os membros do G20 representam cerca de 85% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. Ou seja, mais de 75% do comércio e cerca de dois terços da população mundial.

Aprovação de novo imposto

Agora, o Governo do Brasil tem como objetivo aprovar no G20 um imposto sobre detentores de grandes fortunas. Com a aprovação, alcançará cerca de 3 mil bilionários e super-ricos, que detêm uma fortuna estimada de US$ 15 trilhões.

O projeto estipula uma alíquota de 2%. Este tributo pode gerar uma arrecadação de US$ 250 bilhões a US$ 300 bilhões, portanto, cerca de R$ 1,5 trilhão, nas estimativas do governo.

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