
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou, na última segunda-feira (21), o pedido da defesa do atacante Bruno Henrique, do Flamengo, para que o processo em que ele é investigado por suposta participação em um esquema de apostas esportivas fosse transferido para a Justiça Federal.
Os advogados do jogador alegaram que a Justiça do Distrito Federal não teria competência para conduzir o caso e solicitaram a anulação de todos os atos processuais realizados até o momento.
A solicitação foi analisada pelo ministro Joel Ilan Paciornik, que considerou inadequado o uso do habeas corpus como instrumento para discutir a jurisdição responsável pelo julgamento. Segundo o ministro, a questão foi levantada “sem que houvesse um debate aprofundado sobre o tema”.
Bruno Henrique foi denunciado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) pelos crimes de manipulação de resultado esportivo, estelionato consumado em coautoria e tentativa de estelionato, também em coautoria.
De acordo com promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o atacante teria sido incentivado por seu irmão, Wander Nunes, a forçar um cartão amarelo durante uma partida. Após ser avisado por Bruno Henrique sobre a intenção, Wander teria repassado a informação a familiares.
Segundo a Polícia Federal, o último contato do jogador antes da partida foi justamente uma ligação com o irmão. Um amigo de Wander teria, então, disseminado a informação entre um grupo de apostadores, que passaram a apostar especificamente no cartão amarelo que Bruno Henrique receberia.