Catarinense Ymanitu Silva deixa escapar o bronze paralímpico em Paris

O tenista paralímpico catarinense Ymanitu Silva por muito pouco não entrou para a história da modalidade na manhã desta quarta-feira (4). Ao lado do colega brasileiro Leandrio Pena, Ymanitu perdeu na disputa do terceiro lugar do torneio de duplas do tênis em cadeira de rodas nas Paralimpíadas de Paris.

Os doks brasileiros foram superados pelos sul-africanos Donald Ramphadi e Lucas Sithole por 6/2, 4/6 e 10-8. Dessa forma, deixaram escapar a chance da primeira medalha da modalidade nos Jogos Paralímpicos. 

Muita coisa estava em jogo nessa disputa. Assim como para a dupla brasileira, os tenistas sul-africanos também buscavam a primeira medalha paralímpica de seu país. No entanto, o resultado acabou não sendo favorável para o Brasil.

Ymanitu Geon da Silva, o Many, como é conhecido, é o único brasileiro a ter disputado todos os Grand Slams do tênis em cadeira de rodas e está na terceira participação paralímpica — antes, atuou na Rio-2016 e Tóquio-2020.

Ymanitu significa “Deus das águas”. Ele começou no tênis ainda aos 10 anos, sob incentivo do pai, fã da modalidade. Os primeiros contatos com a bolinha amarela foram em um clube em Tijucas, na Grandee Florianópolis, onde nasceu.

Em 2007, com seus “20 e poucos” anos, o tenista sofreu um acidente de carro e ficou tretraplégico. Durante a reabilitação, o tênis foi uma ferramenta para seguir em frente.

Nessa trajetória já foram 56 pódios na carreira. Além disso, foi vice de duplas em Roland Garros, em 2022, e no Australian Open, em 2023.