
Nesta quarta-feira (6), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, entregará ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva uma medida provisória (MP) com ações contra efeito do tarifaço imposto pelos Estados Unidos sobre os produtos brasileiros. “Será um plano muito detalhado para começar a atender, sobretudo, aqueles que são pequenos e não têm alternativas à exportação para os EUA. A maior preocupação é com o pequeno produtor”, disse o ministro Fernando Haddad.
Neste plano, que já está pronto, constam medidas de concessão de credito para empresas mais afetadas pelo tarifaço e também o aumento das compras governamentais.
Haddad avalia como inaceitável a tentativa de interferência do governo norte-americano no Judiciário brasileiro. Assim, ele afirma que “o Executivo está zelando pelo interesse nacional“. O ministro pede união nacional que envolva empresários e governadores da oposição, uma vez que os estados são afetados.
Para o ministro, a taxação inicialmente prevista, de 10%, já seria inadequada para os países da América do Sul, uma vez que a relação desses países com os EUA é deficitária. “O Brasil não pode ser tratado diferentemente do Paraguai, Uruguai, da Argentina, Bolívia. É um bloco econômico, assim como a União Europeia”, afirmou.
Enfim, Haddad informou ainda que uma reunião com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, acontecerá na quarta-feira (13).
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Ministro pede união de todos contra o tarifaço
Nesse sentido, o ministro cobrou dos governadores que cumpram as prerrogativas do cargo, no sentido de defender os interesses de seus estados. Para Haddad, o mesmo vale para o empresariado: “Precisam ligar para a oposição e pedir que parem de atrapalhar o país”, afirmou.
“Somos o único país do mundo que tem uma força política interna em Washington trabalhando contra o interesse nacional. Tem algum indiano fazendo isso? Tem algum chinês fazendo isso? Tem algum russo fazendo isso? Tem algum europeu fazendo isso? Não. Temos de botar o dedo nessa ferida de uma vez por todas”, complementou
“Tem uma entrevista de um líder da oposição da extrema direita brasileira dizendo que vai fazer o possível para continuar atrapalhando o país. Se isso não é a notícia do dia, fica difícil entender para onde nós vamos. O país precisa se unir para defender a causa nacional e separar o que é a economia, do que é política”, acrescentou o ministro da Fazenda.
Com informações da Agência Brasil