A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) promoveu nesta sexta-feira (13) a Operação Agro Seguro. Trata-se de uma ação educativa voltada para sensibilizar turistas sobre as exigências sanitárias relacionadas à entrada de animais e produtos de origem animal e vegetal em Santa Catarina. Além disso, o foco principal foi a prevenção da Peste Suína Africana e da Gripe Aviária. Também conhecida como Influenza Aviária de Alta Patogenicidade, são pragas vegetais, que representam riscos significativos para a produção agropecuária do Estado.
A ação ocorreu em locais estratégicos de grande fluxo turístico, como o terminal rodoviário Rita Maria e o Aeroporto Internacional Hercílio Luz, ambos em Florianópolis. Além disso, também ocorreu no Aeroporto Serafim Enoss Bertaso, em Chapecó e na Praça Complexo Cultural, em Pomerode. E também no Posto Fixo de Fiscalização (PFF) de Ingresso em São Lourenço do Oeste. E no Posto Fixo de Fiscalização (PFF), na BR-470, em Campos Novos; em praias no Sul de Santa Catarina; entre outros pontos do Estado.
Profissionais da Cidasc distribuíram materiais informativos e prestarão orientações diretamente aos viajantes. “Está foi a segunda edição da Operação Agro Seguro, cujo objetivo é realizar uma abordagem educativa aos passageiros que chegam ao nosso Estado. Além disso, entregamos material informativo, com orientações essenciais para proteger o agronegócio catarinense. Aproveitamos para alertar os turistas sobre a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade e a Peste Suína Africana. Da mesma forma, destacamos a importância de adotar práticas seguras, como consumir somente alimentos inspecionados. Essas iniciativas são fundamentais para garantir a qualidade e a segurança dos nossos produtos. E ainda protegem tanto os consumidores, quanto a nossa produção”, ressaltou Marcelo Serpa, médico-veterinário da Unidade Veterinária Local (UVL) da Cidasc de Florianópolis.
Doenças em foco
A Peste Suína Africana, erradicada no Brasil desde os anos 1980, voltou a preocupar as autoridades após o registro de casos na Ásia, Américas e na Europa. Altamente contagiosa entre suínos domésticos e selvagens, uma doença que não afeta a saúde humana, mas pode gerar perdas econômicas devastadoras, já que não há vacina ou tratamento disponível.
Já a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade é uma ameaça direta ao status sanitário do Brasil e à produção de aves de Santa Catarina, que é o segundo maior produtor e exportador do país, com mais de 132,3 milhões de frangos. Além disso, a introdução desse agente pode comprometer não apenas a avicultura, mas também toda a cadeia produtiva e a segurança alimentar.
A preservação da saúde dos rebanhos e lavouras catarinenses é vital para o sustento de mais de 200 mil famílias catarinenses e para a economia do Estado. A exportação de proteína animal de SC responde por 60% da arrecadação do Estado, na balança comercial do comércio exterior.
“O comportamento seguro por parte dos turistas é necessário para prevenir a entrada de doenças que possam colocar em risco nossa agropecuária. Além disso, com a Operação Agro Seguro, a Cidasc reforça seu compromisso de proteção do patrimônio sanitário de Santa Catarina, por meio de práticas educativas sobre o comportamento correto de biosseguridade. Daí a importância de informar e sensibilizar os visitantes, incrementando a parceria entre turistas e moradores, na defesa da saúde animal, vegetal e da sustentabilidade do setor agropecuário”, destacou a presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos.
Recomendações aos turistas
A Cidasc orienta os visitantes a adotarem os seguintes cuidados:
– Não transportar mudas e sementes: Produtos vegetais podem introduzir doenças;
– Guia de Trânsito Animal (GTA): É necessário para o transporte de animais, exceto cães e gatos;
– Selos de Inspeção Sanitária: Produtos de origem animal devem ter selos de inspeção sanitária válidos em todo o país, como o Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA), Serviço de Inspeção Estadual (SIE), Serviço de Inspeção Federal (SIF), ou Selo ARTE. Estes selos são certificados de identidade e qualidade, que asseguram a qualidade e saúde aos consumidores;
– Não transportar carnes com osso: Os ossos são locais de maior risco de contaminantes, especialmente para vírus, que ali se escondem e podem transportar doenças;
– Valorize os produtos locais: Santa Catarina é reconhecida pela produção de alimentos de alta qualidade e oferece excelentes opções gastronômicas. Prefira os produtos locais e contribua para a economia sustentável da região.