
O 42º Festival de Dança de Joinville chegou a um dos momentos mais aguardados da programação neste domingo (27): a tradicional Noite de Gala. Com casa cheia, o público acompanhou o espetáculo “Réquiem SP”, apresentado pelo Balé da Cidade de São Paulo e assinado pelo coreógrafo e diretor artístico Alejandro Ahmed.
A montagem uniu diferentes linguagens da dança. Desde balé clássico, jumpstyle até danças urbanas e populares, tudo em um ritmo intenso e proposta estética ousada. Enfim, o resultado foi um diálogo instigante entre estilos, que dividiu opiniões e gerou debates entre os espectadores.
Sobre a coreografia
A coreografia se baseia na composição orquestral “Réquiem” e em faixas de música eletrônica do canadense Venetian Snares, criando contrastes sonoros marcantes. Assim, a proposta busca dinamismo e impacto, unindo elementos da música clássica com batidas intensas de breakcore. As projeções digitais no cenário criaram a atmosfera frenética de São Paulo. Afinal, o tema central do espetáculo era justamente o caos da grande metrópole.
Segundo Ahmed, a obra propõe uma reflexão sobre a irreversibilidade da vida no ritmo acelerado das cidades. “Este réquiem não homenageia uma cidade morta. Ele homenageia a vida que nasce em cada segundo que passa ou morre”, define.

Noite de Gala
A Noite de Gala é conhecida por apresentar espetáculos que desafiam os padrões e ampliam as possibilidades da linguagem cênica. “Réquiem SP” seguiu esse caminho ao oferecer uma experiência intensa, rompendo com formatos tradicionais. Por fim, a proposta combinou arte, tecnologia e crítica social.