Região Blumenau

Progressistas busca saída para Pedrão da disputa à Prefeitura de Florianópolis

Kleinubing pode ser o candidato do PL a prefeito de Blumenau e muito mais

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Progressistas busca saída para Pedrão da disputa à Prefeitura de Florianópolis

O Progressistas tenta encontrar uma saída honrosa para Pedro Silvestre, o Pedrão, da condição de pré-candidato a prefeito de Florianópolis. Lideranças do partido me disseram que não é uma candidatura viável e que, se ele quiser disputar a eleição, terá que ser para a Câmara Municipal.

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Essa afirmação é baseada em números, pois, conforme relatou uma liderança do Progressistas, Pedrão pediu uma pesquisa para mostrar que era viável. Chegou a escolher o instituto, mas os números o colocam com apenas 2% no levantamento espontâneo. Em outros cenários, não impede a vitória de Topázio Neto (PSD) no primeiro turno.

Pedrão também não conseguiu construir uma aliança, mesmo tendo recebido carta branca da família Amin, com quem rompeu em 2020 para ir para o Partido Liberal. Prometeu o Republicanos, entre outros partidos, mas não teve êxito, tanto que o partido comandado pelo ex-governador Carlos Moisés da Silva anunciou apoio à reeleição do atual prefeito.

Antes disso, prevendo dificuldades, Pedrão tentou uma aproximação com o próprio Topázio. Acertado com o deputado federal Daniel Freitas (PL), ele pediu ao parlamentar que costurasse uma aliança com o atual prefeito. Se desse certo, Pedrão aceitaria voltar para o PL para ser o candidato a vice. Num sábado, dia 2 de dezembro do ano passado, a pedido de Freitas, Topázio foi ao encontro dos dois para uma conversa no restaurante Guanabara do Floripa Shopping.

Segundo uma fonte, a conversa teve um clima de constrangimento, já que Pedrão vinha sendo um crítico de Topázio e do ex-prefeito Gean Loureiro (UB). O prefeito teria lembrado a Pedrão das críticas que sofreu, e ao ouvir a proposta do ex-vereador e de Freitas, disse que a decisão sobre quem será o vice será tomada mais próximo do início do período eleitoral.

Com a resposta do prefeito, na semana seguinte também a pedido de Daniel Freitas, Pedrão foi ao encontro do governador Jorginho Mello (PL) que não escondeu a mágoa que ficou com a saída traumática do ex-vereador de seu partido. Após ficar em terceiro lugar em 2020, perdendo para Gean Loureiro e para Elson Pereira (PSOL), Pedrão saiu fazendo críticas e culpando Jorginho e o PL pelo seu mau desempenho. O governador disse não às intenções de Pedrão e deixou claro os motivos.

Sem escolha e nem para onde ir, Pedrão começou a querer construir um projeto pelo Progressistas, mas não conseguiu se viabilizar. Agora, insiste em fazer algumas conversas, tem procurado todo mundo, um exemplo é o ex-governador Moisés do Republicanos, mas os partidos não têm aberto as portas. Também chegou a sonhar em ser o vice do ex-senador Dário Berger (PSB), mas não terá espaço porque uma chapa está sendo costurada para abrigar um partido de esquerda. Pelo visto, a pré-candidatura de Pedrão é natimorta, sobrando tentar um espaço na Câmara Municipal para tentar voltar a ter um mandato.

Kleinubing na disputa

O atual presidente do BRDE, João Paulo Kleinubing, ganha força para ser o candidato do PL a prefeito de Blumenau. A filiação do prefeito Mário Hildebrandt, que deverá ocorrer nesta semana, não garante como candidata a atual vice, Maria Regina Soar (PSDB), por uma série de questões, a principal delas sendo a falta de viabilidade para uma candidatura. A atual secretária adjunta de Estado da Educação, Patrícia Luerdes, ainda continua no páreo, mas a preferência do governador Jorginho Mello (PL) é por Kleinubing.

Estratégico

Para o governador Jorginho Mello (PL), o município de Blumenau é uma de suas prioridades. Ele quer eleger o prefeito e enxerga em João Paulo Kleinubing o nome mais viável para a disputa contra Odair Tramontin (Novo), hoje visto como um dos nomes mais fortes para a disputa. Os liberais não acreditam na candidatura do deputado Egídio Ferrari (MDB), tanto que enxergam o cenário com uma provável polarização entre Kleinubing e Tramontin. O partido pensa em atrair o MDB e também o Progressistas, que tem como opção para a majoritária o atual presidente da Câmara de Vereadores, Almir Vieira.

Casa Civil

Conforme já escrevi, o chefe da Casa Civil do governo de Jorginho Mello (PL) não será uma liderança com musculatura, como o cargo exige. A explicação é simples: Filipe Mello, mesmo de forma extraoficial, fará o papel de comandante da Casa Civil. Caberá a ele as articulações com a Assembleia Legislativa. Terá todo o poder de conversar e definir o que será feito em relação às demandas que serão apresentadas. Em suma, mesmo não sendo nomeado, será ao lado do secretário de Estado da Fazenda, Cleverson Siewert, a figura mais forte do Centro Administrativo, abaixo do governador.

De volta

O nome para ocupar o cargo de chefe da Casa Civil será escolhido a dedo por Filipe Mello. Será alguém de sua total confiança e que aceite a condição de ser apenas um burocrata na secretaria mais política do Governo do Estado. Quem assumir já saberá que não terá poder de decisão. Apenas cumprirá tabela e auxiliará no atendimento das demandas que serão apresentadas por Filipe, que será o Casa Civil de fato.

Marcelo Lula é jornalista e radialista. Atuou em emissoras de rádio e jornais no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Atualmente, faz comentários na Condá FM de Chapecó e na Rede Guararema de Rádios.

O jornalista tem se destacado por furos de fatos de grande repercussão em Santa Catarina, além de matérias investigativas e revelações dos bastidores de importantes investigações e da política.

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