
O deputado estadual Julio Garcia (PSD) é o novo presidente da Assembleia Legislativa para o biênio 2025-2026. A eleição para o cargo aconteceu no sábado (1º), em sessão preparatória conduzida pelo deputado Padre Pedro Baldissera (PT) e secretariada pelos deputados Mauro de Nadal (MDB) e Neodi Saretta (PT).
Na votação, 38 deputados votaram a favor de Garcia, havendo uma abstenção. Dois deputados que estavam em viagem enviaram manifestações em favor da escolha de Garcia, mas os votos não foram computados por não haver previsão regimental para isto.
Esta é a quarta vez que Garcia, que possui sete mandatos como deputado estadual, comanda a Assembleia Legislativa. As outras gestões ocorreram nos períodos 2005-2006, 2007-2008, e 2019-2020. Em seu discurso após a nomeação, ele afirmou que retorna à presidência da Alesc com a mesma felicidade e entusiasmo que experimentou há 20 anos, quando foi eleito para o cargo pela primeira vez.
Nova Mesa
Com 38 votos favoráveis e duas ausências, a nova Mesa Diretora do Parlamento catarinense será composta pelos parlamentares: Fernando Krelling (MDB) como 1º vice-presidente, Padre Pedro Baldissera (PT) 2º vice-presidente, Ana Campagnolo (PL) 1ª secretária, Marcos da Rosa (União) 2º secretário, Lucas Neves (Podemos) 3º secretário e Oscar Gutz (PL) 4º secretário.
Palavra
Quando o deputado estadual Mauro De Nadal (MDB) começou a construir seu projeto para presidir a Assembleia Legislativa nos dois primeiros anos da atual legislatura, Júlio Garcia (PSD) se retirou do caminho e se somou ao projeto do emedebista. Ao conversar com alguns deputados naquele momento, ouvi de parlamentares de diversos partidos que gostariam de ver Garcia como presidente.
Questionei-o sobre essas manifestações, e ele me deu uma resposta muito direta. Com semblante sério, olhou e disse: “Por mais honroso que seja um cargo, eu não quebro minha palavra. Eu vou apoiar o Mauro”, afirmou o pessedista.
Contexto
Para contextualizar, não se tratava de uma rejeição ao deputado Mauro De Nadal (MDB), mas de um desejo de alguns parlamentares de ver Júlio Garcia (PSD) como presidente. No entanto, ele manteve sua palavra, e De Nadal assumiu o comando da Alesc, deixando a presidência na semana passada com a aprovação dos demais 39 deputados.
Como me disse uma fonte, o emedebista estruturou a Alesc, não com gastos excessivos, mas com ferramentas e pessoal que deram agilidade aos trabalhos do parlamento. Mauro, a exemplo de Garcia, é um daqueles nomes que, se for novamente deputado estadual, poderá voltar a presidir a Casa.
Blocos
A Assembleia Legislativa terá quatro blocos parlamentares:
MDB e PSDB
PT e PSOL
PSD, União Brasil e PRD
Podemos, Republicanos e Novo
Foco no Oeste
Na primeira reunião online da Secretaria de Estado da Comunicação, o novo secretário, Bruno Oliveira, pediu total atenção dos servidores do setor às notícias da região Oeste. A ordem é focar em notícias positivas do governador na região. Oliveira quer criar um laço entre Jorginho Mello (PL) e o Oeste, pelo fato de ser a região do prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), que será o adversário do liberal na disputa ao Governo do Estado no próximo ano.
Ajuste em BC
A prefeita de Balneário Camboriú, Juliana Pavan (PSD), termina seu primeiro mês de gestão apresentando um severo ajuste fiscal para equilibrar as contas do município. A questão é clara: a Câmara de Vereadores precisa aprovar os projetos enviados pelo Executivo para equilibrar as despesas, qualificar a arrecadação e otimizar os gastos públicos, o que refletirá diretamente nos serviços prestados à população. O debate é árduo e difícil, tanto para a prefeita quanto para os vereadores, mas trata-se de uma questão de responsabilidade.
Ou aprovam as medidas, ou os impactos virão em breve, e a população saberá a quem cobrar. Juliana propõe a redução do ITBI e o lançamento de um novo Refis. No entanto, também enfrenta desafios na reforma da dívida do BC Previ, tentando resolver nos próximos anos o rombo atuarial deixado pelo ex-prefeito Fabrício Oliveira (PL), que chega à casa dos R$ 500 milhões. Além disso, assume outro problema: o plano de saúde do funcionalismo, que chegou a custear até cirurgias estéticas, tem um déficit mensal de R$ 659 mil.
IPTU de BC 1
O ex-prefeito Fabrício Oliveira (PL) contratou e pagou R$ 10 milhões por um estudo da planta de valores de Balneário Camboriú. Apesar de ser o “pai da criança”, não a embalou, mesmo com a proposta pronta desde o ano passado. Após as eleições, o então secretário da Fazenda encaminhou a minuta do projeto ao gabinete de Fabrício, que engavetou a proposta e não a enviou para a Câmara de Vereadores. O objetivo era claro: segurar o projeto para deixar o ônus nas mãos da prefeita Juliana Pavan (PSD). Tanto é verdade que o vereador Renan Bolsonaro (PL) publicou um vídeo questionando o projeto de lei enviado à Câmara, que altera a planta de valores genéricos — base para a cobrança do IPTU.
Fake
O vereador Renan Bolsonaro (PL) acusou a prefeita de Balneário Camboriú, Juliana Pavan (PSD), de aumentar o IPTU, mas omitiu que o projeto foi encomendado por seu mentor político, Fabrício Oliveira (PL). A proposta de Juliana ao Legislativo coloca em vigor a planta genérica elaborada na gestão anterior, mas faz uma compensação nas alíquotas entre 2% e 2,5% para toda a cidade. O projeto divide o município em sete grandes áreas e reduz a alíquota em todas elas. Na Avenida Atlântica, a mais valorizada, a alíquota do IPTU predial passa para 0,7%. Nos bairros, o percentual é ainda mais baixo, chegando a 0,2% na alíquota predial do bairro Nova Esperança, nas imediações do Expocentro.
Topázio na Fecam
O prefeito de Florianópolis, Topázio Neto (PSD), foi eleito para a presidência da Federação Catarinense de Municípios (Fecam). O espaço é importante para que ele comece a se construir como uma liderança de maior envergadura. Atualmente, Topázio é um prefeito de capital que venceu apenas uma eleição e segue sendo apenas um projeto de liderança política – daquelas que têm o poder de discutir e construir projetos maiores, como uma candidatura ao Governo do Estado. Ele tem potencial, mas essa realidade ainda está distante.