“Paternar à distância é fácil”, declara juíza em decisão liminar

Uma decisão liminar, proferida por uma juíza de Direito, da 1ª Vara Cível de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, teve grande repercussão. Isso porque a magistrada, em decisão de caráter liminar, assim enfatizou: “Paternar à distância é fácil!”

Tal argumentação deveria ser recorrente ao tratarmos sobre valores de pensão, pois a abrangência do tema vai muito além do custo alimentar de uma criança. Tal decisão traz à baila o sacrifício que o detentor não somente da guarda, mas também o que detém o dever de educar, cuidar e amar possui. Realça de forma objetiva o abrir mão da vida em detrimento dos filhos.

Renunciar a vida para o cuidar traz abalos econômicos reais

Essa renúncia, não raras vezes, traz uma realidade financeira diferente daquela vivida, antes dos filhos. Já sabemos que a chegada de um filho traz mudanças sociais e econômicas. Todavia, nem sempre a responsabilidade de assumir este compromisso é vivida por ambos os genitores.

Muito ao contrário na grande maioria, quando de fato o verdadeiro “calo” aperta, a tendência é seguir o rumo sozinho e ficar apenas com a quantificação imposta em juízo, e que por vezes é fixada de forma a não prevalecer a realidade sócio-econômica.

Mas, com decisões como essa apresentada, a mudança na realidade sobre a fixação de pensão está em evolução e quem sabe chegará a um patamar justo, onde o dever de cuidar, amar e educar será valorado corretamente atendendo ao binômio necessidade – possibilidade, já que a perda econômica é grande e já se torna comprovada.

A realidade está cada vez mais próxima, pois as decisões estão cada vez mais tendenciosas, acreditando ser este compromisso uma forma de trabalho, assim como tantos outros. Todavia, com uma maior responsabilidade.