
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou neste sábado (7) que o Ministério da Justiça formalize o pedido de extradição da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP).
Condenada a 10 anos de prisão pelos crimes de invasão de dispositivo informático, falsidade ideológica e inserção de dados falsos no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a parlamentar deixou o Brasil e está atualmente na Itália.
De acordo com Moraes, Zambelli saiu do país de forma deliberada para fugir da Justiça. Ela teria atravessado a fronteira com a Argentina, embarcado em Buenos Aires com destino a Nova Iorque e, posteriormente, viajado para solo italiano.
A fuga ocorreu pouco antes do julgamento dos embargos de declaração que questionavam a sentença do STF. Ainda na quinta-feira (5), o nome da deputada foi incluído na lista vermelha da Interpol, tornando-a procurada em 196 países.
Além de autorizar o pedido de extradição, o ministro determinou a transformação da prisão preventiva da parlamentar em definitiva e notificou o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), sobre a perda de mandato de Zambelli, prevista na condenação.
A defesa da deputada alega perseguição política. Em nota oficial, Carla Zambelli acusou Moraes de agir de forma “monocrática” e afirmou que levará o caso a cortes internacionais.
Também condenado no mesmo processo, o hacker Walter Delgatti permanece preso e cumprirá pena de oito anos e três meses.